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Haddad tenta segurar revisão de meta até março, mas enfrenta resistência no Planalto

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem feito um esforço junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar segurar uma eventual revisão da meta fiscal de 2024 para março, quando o Tesouro Nacional divulgará o 1º relatório bimestral de receitas e despesas do ano.

CNN apurou que o argumento que tem sido usado por Haddad, e corroborado por seus auxiliares na Fazenda, é que esse relatório vai apontar se haverá ou não um desequilíbrio orçamentário e, consequentemente, a necessidade ou não de contingenciamento para cumprir a meta de déficit primário zero em 2024.

O chefe da equipe econômica entende que, até março, o governo ganha tempo para conseguir a aprovação no Congresso de medidas de arrecadação que podem assegurar a meta do déficit zero.

Entre elas, as mudanças na tributação de grandes empresas beneficiadas por isenções nos estados, o chamado projeto de lei da subvenção. O governo estima que, sem a proposta, terá um forte baque nas receitas, inviabilizando, na prática, o cumprimento da meta fiscal zero no próximo ano.

A avaliação de integrantes do governo é que, neste momento, o debate sobre uma revisão da meta fiscal tem dois lados: o de Haddad e o do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Nesta sexta-feira (3), Lula afirmou que dinheiro bom para a Presidência são recursos transformados em obras, não guardados no Tesouro Nacional.

O chefe do Executivo pediu aos ministros que sejam os “melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo brasileiro”.

“A gente não pode deixar sobrar dinheiro que está previsto ser investido nos ministérios. A gente precisa colocar, transformar. Eu sempre digo que, para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro no Tesouro. Para quem está na Presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras”, disse.

CNN Brasil

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