O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o orientou a conversar com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com os líderes do governo sobre a proposta que substituirá o teto de gastos. Os encontros devem ser realizados entre esta 2ª e 3ª feira (20 e 21.mar.2023).

Entre os compromissos de Haddad desta 2ª feira (20.mar), constam reuniões com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e com o líder no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), pela manhã.

Haddad reuniu-se com Lula na 6ª feira (17.mar.2023) para tratar detalhes sobre a nova regra fiscal.

“O presidente orientou que fossem feitas algumas conversas importantes com os presidentes das duas Casas, com os líderes, com alguns economistas que não fossem de mercado para evitar o repasse de informações privilegiadas”, disse Haddad a jornalistas.

Segundo Haddad, Lula deve anunciar a proposta antes da sua viagem para a China na 6ª feira (24.mar). O mecanismo é a maior aposta da equipe econômica para reduzir o deficit das contas públicas, hoje estimado em R$ 231,5 bilhões.

Haddad disse que a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) deve ser baseada na nova âncora fiscal. O texto deve ser enviado ao Congresso até 15 de abril.

O ministro também rebateu as críticas de que há uma divisão entre a ala econômica e política do governo. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu uma política fiscal contracíclica e expansionista no sábado (18.mar).

“Eu não vejo essa divisão no governo, entre a ala política e a ala econômica. Eu fui candidato à Presidência da República pelo PT. Toda decisão é técnica e política. É por isso que o presidente da República dá a última palavra”, disse Haddad.