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Governo mira pauta sustentável para ida de Lula à China

Economia verde deve ser um dos temas centrais da visita do presidente ao país asiático, principal parceiro comercial do Brasil

O governo brasileiro discute uma pauta de sustentabilidade para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China. Os 2 países querem explorar o tema por diferentes razões:

  • Brasil – é prioridade para o governo de Lula e um diferencial em relação ao de Jair Bolsonaro (PL), que teve momentos de hostilidade com os chineses;
  • China – o país precisa melhorar a imagem internacional por ser o maior emissor de carbono e também vê na tecnologia verde um viés de crescimento de negócios.

Haverá uma comitiva de empresários que irão ao país para prospectar negócios. A expectativa é que cerca de 100 viajem. Cerca de 40 empresas devem enviar representantes, algumas delas mandarão 2 ou até 3.

Os envolvidos na organização da viagem –Planalto, Itamaraty, Ministério da Indústria e Comércio e Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos)– querem avançar no tema nos próximos dias.

As 5 áreas com maiores oportunidades de investimentos na economia verde brasileira, de acordo com a diretora-executiva do CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China), Claudia Trevisan, são:

  • agricultura de baixo carbono;
  • mobilidade elétrica;
  • mercado de carbono;
  • finanças verdes; e
  • transmissão de energia.

A grande competitividade tecnológica permite à China liderar investimentos nessas áreas“, disse Trevisan.

O governo brasileiro também acha possível atrair investimentos chineses em infraestrutura. O país asiático tem colocado dinheiro no setor em diversos lugares do mundo.

COMITIVA DE LULA

Deve haver 3 comitivas diferentes na viagem. Uma de empresários, outra de congressistas e a do governo. Devem acompanhar Lula, ao menos:

  • Mauro Vieira – ministro das Relações Exteriores;
  • Fernando Haddad – ministro da Fazenda;
  • Luciana Santos – ministra da Ciência e Tecnologia;
  • Márcio Elias Rosa – secretário-executivo do Ministério da Indústria e Comércio;
  • Jorge Viana – presidente da Apex.

Também deve ir o ex-ministro Celso Amorim, hoje assessor especial no Planalto e um dos principais conselheiros do presidente em política internacional.

Organizadores da viagem também acham possível a participação do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). O motivo seria a instalação de uma montadora chinesa na Bahia, Estado que Costa governou de 2015 a 2022.

Há um empecilho à ida do ministro, porém: Costa é uma espécie de gerente do governo e sem ele e Lula ao mesmo tempo o Planalto ficaria muito desfalcado.

O grupo que organiza a viagem deve avançar nas discussões ainda nesta semana, mas as principais definições devem começar a ser tomadas só na semana que vem, quando Mauro Vieira estará no Brasil.

AGENDA INTERNACIONAL

Lula já visitou Argentina, Uruguai e Estados Unidos desde que tomou posse, em 1º de janeiro. Nenhuma, porém, teve um fator econômico tão forte como terá a ida para a China.

O petista visita o presidente do país, Xi Jinping, em 28 de março. Também deverá ir a Xangai, onde fica a sede do Banco dos Brics. Lula indicou Dilma Rousseff (PT) para a chefia do órgão, mas ainda não há confirmação da presença dela na viagem.

O comércio entre Brasil e China tem atingido recordes, mas o crescimento desacelerou. Dos 27 Estados brasileiros, 14 têm o país asiático como principal comprador dos produtos que exporta.

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