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Governo estuda acabar com imposto de renda sobre participação em lucros, diz Lula

Em São Paulo, o presidente justificou que a cobrança é injusta e comparou que 'o patrão não paga sobre o lucro'

presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta segunda-feira (1º) que o governo estuda acabar com o imposto de renda sobre a participação em lucros e resultados (PRL). Segundo Lula, a demanda já foi levada à equipe técnica do Ministério da Fazenda, que analisa a isenção para 2024.

“Estamos estudando, quem sabe para o próximo ano. Da mesma forma que o patrão, que ganha milhões, não paga sobre o lucro, o trabalhador não pode pagar imposto de renda sobre a participação dele no lucro da empresa”, disse Lula durante participação dos atos das centrais sindicais no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, em comemoração ao Dia do Trabalhador.

Além do presidente da República, os ministros Luiz Marinho (Trabalho), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Cida Gonçalves (Mulher) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) marcaram presença no ato. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann também estava ao lado de Lula.

O presidente da República também ressaltou o aumento do salário mínimo acima da inflação e a estratégia do governo para restabelecer a política de valorização permanente do salário mínimo, por meio de um projeto de lei a ser enviado ao Congresso Nacional.

Segundo Lula, manter o salário mínimo acima da inflação é estratégico. “Não ganha só o trabalhador do mínimo. Ganha o comércio porque o trabalhador que tem mais dinheiro, compra mais. A roda gigante da economia começa a girar e todos ganham.”

A isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5 mil foi outro ponto de destaque do discurso de Lula. Por enquanto, o governo anunciou a isenção para quem ganha até R$ 2.640 por mês a partir de 1º de maio. “Tenho o compromisso com vocês que, até terminar o mandato, os trabalhadores terão isenção de até R$ 5 mil”, prometeu o presidente.

O presidente voltou a criticar a taxa básica de juros, a Selic, que foi mantida em 13,75% pelo comitê monetário do Banco Central. “A gente não pode mais viver em um país onde a taxa de juros não controla a inflação. Ela (Selic) controla, na verdade, o desemprego nesse país porque é responsável por uma parte da situação que vivemos hoje.”

Como estratégia para gerar empregos, Lula afirmou que tem fortalecido o diálogo com empresários internacionais para motivá-los a investir no país pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Disse, ainda, que o governo federal irá destinar, só este ano, R$ 23 bilhões em infraestrutura.

R7

 

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