A Prefeitura de João Pessoa realiza, neste sábado (30), no Centro Cultural Casa da Pólvora, uma apresentação especial de três grupos, dois de dança e um de literatura, resultado do edital da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) para ocupação do equipamento. A atividade tem início a partir das 16h e é gratuita.
“A Funjope tem feito, de maneira planejada e sistemática, um processo de ocupação da Casa da Pólvora por meio deste edital. Este é um equipamento cultural muito ligado às culturas experimentais, criativas, sobretudo, quando envolve o segmento jovem e universitário. Ali temos tratado, dentro desse conceito, com shows, performances de teatro, dança, literatura. Neste sábado, daremos mais um avanço nesse processo de estímulo e valorização da Casa da Pólvora”, comenta o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Literatura – A escritora Jennifer Trajano apresenta o número Literatura Encenada: O Latíbulo do Corpo. Ela vai interpretar poemas com linguagem acessível a todos os públicos. Esses poemas estão presentes nos livros Latíbulos e ‘Diga aos brancos que não vou’, que são de sua autoria. Essa interpretação vai ser por meio de performance de dança contemporânea.
Os poemas serão performados pela escritora Jennifer Trajano e pelo bailarino Eduardo Cezário por meio da voz e de coreografias individuais e conjuntas.
A palavra latíbulo, que compõe o título da proposta, significa esconderijo, céu, firmamento, morada dos deuses. “Desse modo, pode ser associada ao corpo físico e ao psicológico porque é neles onde nos escondemos, nos firmamos e fazemos a morada dos nossos deuses”, aponta o projeto.
Dança – Na dança, o primeiro projeto é ‘O Preto e o Branco e Jornada de Mundos Possíveis’, que conta com a participação de Karla Oliveira e Yleen Vant. A ação acontece em frente à Casa da Pólvora.
A performance improvisada foi inspirada nas forças da dualidade, do existir como um sonho ou de uma ilusão. De acordo com o Coletivo, a separação entre bem e mal é diluída e invertida para além do maniqueísmo, ou existem como forças complementares.
“De cada imersão fomos estabelecendo conceitos e roteiros norteadores como oposição, confluência, sinergia e uma mitologia própria para o nascimento de Preto e de Branco, de onde também nasce Taiji, que se tornaram entes e forças cósmicas”, declaram as artistas.
Pandora – Pocket Show é a segunda apresentação que tem à frente a artista Anne Mel. Esta ação será realizada a partir das 17h40, dentro do complexo administrativo da Casa da Pólvora.
Trata-se de um espetáculo de dança urbana feminina com um leve ar retrô das pin-ups dos anos 40 e 50. O show inédito inclui elementos de stiletto dance, fusionado com o estilo burlesco presente no chair dance, na teatralidade e nos elementos de floor work ou trabalho de solo.
Será um street dance que alterna a energia das coreografias sobre heels com outra interface feminina e romântica que pretende encantar, seduzir e alegrar a plateia. A intenção é convidar a assistência a entrar em contato com suas sensações e seus arquétipos femininos, ou permitir-se compreender a paixão feminina e a sensualidade mística poderosa que há em cada mulher, numa apresentação repleta de variações que jogam com diferentes emoções como uma caixa de Pandora.
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Texto: Lucilene Meireles
Edição: Felipe Silveira
Fotografia: Daniel Silva -
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