Floresta da Faber-Castell que dá origem aos lápis de cor é destruída por incêndio em MG
Há quase quatro décadas a empresa de lápis de cor Faber-Castell tem a própria plantação de árvores para a produção de lápis na região Sudeste. E na região de Prata, no Triângulo Mineiro, a floresta de pinus que dava origem aos lápis para diversas áreas do Brasil foi totalmente destruída por um incêndio que começou na manhã de sábado (7) em um terreno vizinho à floresta.
Durante três dias, equipes combateram o fogo na vegetação, até que ele fosse controlado na terça-feira (10).
Floresta da Faber-Castell — Foto: Corpo de bombeiros/Divulgação
Segundo a empresa, o sistema de monitoramento da floresta identificou o fogo assim que começou, mas devido a rapidez com que o incêndio se alastrou, foi necessário, inclusive, o uso de helicópteros com água para combater as chamas. Leia a nota completa abaixo.
O que antes era um cenário esverdeado formado por várias árvores, se tornou uma paisagem coberta por cinzas. Imagens registradas por moradores da região mostram a destruição do espaço que antes era usado de capineira.
Fogo que arrasa
De acordo com o professor Luciano Cavalcante, do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), são poucos os fenômenos naturais que se assemelham ao potencial danoso de grandes incêndios florestais, uma vez que eles transformam intensivamente a estabilidade de um ecossistema natural.
Ele disse que o fogo remove a cama superficial do solo chamada de serrapilheira, que é o acumulado de material orgânico, como folhas e galhos, em diferentes estágios de decomposição, que protege e fertiliza o solo. A camada demora vários anos para se acumular e se decompor, enriquecendo o solo.
Ainda conforme Cavalcante, com toda a cadeia comprometida pelo fogo, o solo exposto e degradado pode sofrer com a erosão e, a longo prazo, à desertificação.
O que disse a Faber-Castell
“A Faber-Castell esclarece que os focos de incêndio na floresta da companhia na região do Prata (MG) já foram controlados, graças ao trabalho da Brigada de Incêndio da empresa. Os brigadistas iniciaram o trabalho assim que os sistemas de monitoramento identificaram o fogo, na manhã de sábado (7 de setembro), que foi originado de uma queimada em um terreno vizinho à floresta e que, graças à combinação de ventos fortes e ar seco, espalhou-se rapidamente por diversos pontos da região.”