Entenda a doença de Crohn
Trata-se de uma DII (doença inflamatória intestinal) que causa inflamação em diversas partes do sistema digestivo.
É autoimune, ou seja, resulta de um ataque que o próprio sistema imunológico faz contra o organismo da pessoa.
A doença não tem causa definida, mas envolve fatores como genética, ambiente —incluindo hábitos alimentares, medicações e tabagismo— e microbioma.
É uma doença crônica, não existe cura ainda, mas há tratamento eficaz, que envolve medicação, mudanças alimentares e algumas pessoas precisam de cirurgia
Sintomas
- Dores abdominais;
- Cólicas;
- Diarreia crônica;
- Diminuição do apetite ;
- Sangue nas fezes
- Perda de apetite;
- Perda de peso.
Em média, uma pessoa leva dois anos entre ter os primeiros sintomas e fazer exames, o que atrasa o diagnóstico.
Uma coisa leva a outra
Por ser autoimune, a DII pode desencadear reações em outras partes do organismo, além do intestino. Um estudo liderado pelo Gediib (Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil), que acompanhou 1.179 pessoas com DII entre 2020 e 2022, mostrou que cerca de 21% delas apresentaram manifestações extraintestinais.
Entre as áreas do corpo que podem ser afetadas a partir das DII estão:
- Pele;
- Articulações;
- Olhos;
- Ossos;
- Boca.
Tratamento
Como as DIIs ainda não têm cura, o tratamento deve ser mantido para evitar a recorrência de manifestações clínicas e conter danos. Ao longo das décadas, a revolução com o uso de medicamentos biológicos reduziram hospitalizações, cirurgias e morbidade.
Além de aliviar os sintomas, os objetivos do tratamento incluem redução da atividade inflamatória e cicatrização da mucosa do intestino, levando a uma melhoria da qualidade de vida da pessoa.
É importante também monitorar a adesão ao tratamento para verificar possíveis barreiras, como falta de acesso ao medicamento ou a ideia de que, melhorando, poderia interromper o remédio.