Estudante de Medicina da Paraíba é vítima de estupro coletivo em Fortaleza

Uma estudante de Medicina da Paraíba foi vítima de um estupro coletivo na saída de uma festa particular realizada em Fortaleza, Ceará, na segunda quinzena de julho. A jovem, de 24 anos, relatou o abuso há seis dias, nas redes sociais. O caso é investigado pela Polícia Civil e mobiliza autoridades políticas.
O crime
Nas redes sociais, a estudante disse que foi para Fortaleza com amigas assistir aos shows de um festival de música. Em uma das noites, ela deixou o copo na mesa por alguns segundos para tirar uma foto. Depois de tomar o restante da bebida, começou a se sentir mal e foi orientada a voltar para casa. Nesse instante, um homem que estava próximo à mesa se ofereceu para acompanhá-la.
“Lembro que minha amiga estava me levando até a saída para me colocar em um táxi, porém o homem se ofereceu, pois estaria saindo do evento (ele deve ter passado confiança, não sei). Ele disse que iria apenas me deixar na porta do táxi para ela, mas não foi isto que aconteceu. Ele entrou no carro comigo. Lembro-me ainda dele falar o seu endereço ao taxista. Eu já fraca e desorientada dizia o meu endereço e repetia inúmeras vezes, mas o taxista não me ouviu e me deixou no dele [do abusador]”, escreveu a vítima.
A estudante de Medicina revelou que lembra apenas de flashes do estupro. “Mesmo com segundos repentinos e aleatórios de consciência eu lembro que lutei. Meus dedos das mãos e pés estavam lacerados, alguns gravemente, fora partes do corpo com cortes tão profundos que davam para ver uma grande artéria. Lembro que a única palavra que falava era ‘não’. Não lembro onde estava, nem dele, nem de sua fisionomia. Acordei no outro dia com outros homens dormindo no mesmo quarto”, disse.
A vítima procurou a polícia ao chegar em João Pessoa. Após exames, ficou comprovado que ela foi drogada com a substância conhecida como ‘boa noite, Cinderela’.
“Estou sem chão, parece que meus sonhos desapareceram. Hoje meu sentimento é de um oco, como se levassem o que eu tinha de alma”, desabafou a estudante.
Portal Correio