‘Estamos em guerra pela nossa própria existência’, afirma primeiro-ministro de Israel
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou na noite desta segunda-feira (9) que Israel “está em guerra pela própria existência”. “Estamos no terceiro dia da guerra pela nossa própria existência, uma guerra que venceremos”, afirmou o premiê.
“O Hamas é o mesmo que o [grupo terrorista] Estado Islâmico, e vamos combatê-lo da mesma forma que outros países o fizeram. Sempre soubemos o que o Hamas era, e agora o mundo também sabe”, acrescentou Netanyahu. A fala do premiê israelense faz referência ao fato de o Hamas não ser considerado uma organização terrorista por muitas nações, como a China e a Rússia.
“O Hamas queria esta guerra, e ele a terá. Quando esta guerra terminar, todos os nossos inimigos perceberão que foi um erro atacar Israel”, afirmou Netanyahu.
O balanço do número de mortos no conflito entre os terroristas do Hamas e Israel, nesta segunda-feira (9), subiu de 1.300 para 1.504 (800 israelenses e 704 palestinos).
Esses dados continuam sendo atualizados por autoridades dos dois países envolvidos, e os números devem aumentar.
Em uma mensagem de áudio, Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, braço militar do grupo terrorista Hamas, fez o que chamou de “ultimato” em relação ao contra-ataque israelense à Faixa de Gaza. Ele disse que reféns capturados nos últimos dias em Israel serão executados e que esses assassinatos serão transmitidos ao vivo.
“Qualquer alvo de civis inocentes sem aviso prévio será recebido com pesar para dizer adeus, executando um dos reféns sob nossa custódia. E seremos obrigados a transmitir essa execução. Lamentamos ainda essa decisão, mas responsabilizamos o inimigo sionista e sua liderança por isso”, disse Obeida, em um comunicado exibido na tarde desta segunda-feira pela emissora de TV Al Jazeera.
Estima-se que pelo menos uma centena de civis e militares tenha sido sequestrada pelo grupo, que ingressou por terra em território israelense no último sábado (7), provocando terror em áreas residenciais. Cidadãos israelenses e estrangeiros estão desaparecidos. Muitos deles, acredita-se, foram levados para Gaza.
R7