Em viagem à China, Lula tem a missão de ampliar venda de produtos a um país em desaceleração
O estreitamento das relações comerciais entre Brasil e China deve ser a principal tônica da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país asiático, que acontece neste final de semana.
Convidado pelo presidente chinês, Xi Jinping, Lula tem uma pauta econômica clara: defender as relações já construídas com o maior parceiro comercial do Brasil e, eventualmente, ampliar a gama de produtos brasileiros para venda no gigante asiático.
Do ponto de vista geopolítico, Lula se encontra com Xi em momento sensível, em que a China mostra alinhamento com a Rússia durante a guerra na Ucrânia. Lula precisará balancear o aceno a um dos mais importantes motores da nossa atividade econômica, sem que a política externa contamine o comércio com outros parceiros do Ocidente — como os Estados Unidos.
Com a viagem para a China, o presidente terá cumprido agenda oficial nos três maiores parceiros comerciais do país nos três primeiros meses de governo – Lula também visitou recentemente os EUA e a Argentina.
De olho na balança comercial
Com uma comitiva que conta com parlamentares, ministros e mais de 200 empresários, a agenda de Lula na China será cheia. O principal destaque, segundo economistas, fica com a tentativa de ampliar a gama de produtos brasileiros oferecidos no mercado chinês.
O petista também tem o desafio de desatar nós na relação, herdados da gestão de Jair Bolsonaro. Em seus anos de mandato, o ex-presidente alinhou-se irrestritamente ao colega americano Donald Trump e fez reiteradas críticas ao regime chinês — até mesmo no comércio de vacinas contra a Covid-19.