Em 2025: Governo estima que gastos com servidores voltarão a crescer
Após atingir a mínima da série histórica neste ano, os gastos com servidores públicos devem voltar a subir em 2025.
Segundo estimativas da proposta de orçamento do próximo ano, enviada no fim de agosto ao Congresso Nacional, os gastos com pessoal devem somar R$ 413,15 bilhões em 2025, o equivalente a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em 2024, a projeção que consta no projeto de lei orçamentária, é de que as despesas com servidores somarão R$ 373,79 bilhões, ou 3,2% do PIB.
Se confirmado, o patamar de 2024 será o menor de toda série histórica, que tem início em 1997.
Os valores incluem todos os Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário, MPU, DP), considerando servidores ativos, inativos e, também, o pagamento de sentenças judiciais.
A comparação histórica foi feita na proporção das despesas com o Produto Interno Bruto (PIB), considerada mais adequada por especialistas.
Mesmo em alta, se a previsão de crescimento se confirmar em 2025, o patamar ficará bem abaixo da média da série histórica — que é de 4,2% do PIB até 2023 (considerando anos já fechados).
Gastos com servidores representam a segunda maior despesa do Poder Executivo, perdendo apenas para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), previdência pública que atende aos trabalhadores do setor privado, com estimativa de mais de R$ 1 trilhão em despesas em 2025.
Retrato da administração pública federal
De acordo com o Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do Ministério da Gestão e da Inovação, em julho deste ano havia 1,22 milhão de servidores, sendo 437 mil ativos, 415 mil aposentados e 233 mil pensionistas.
Por considerar servidores aposentados e pensionistas, a maior parte tem mais de 60 anos.
- Do total de servidores: 713 mil são homens, e, 509 mil, mulheres.
- 93,2% estão no Regime Jurídico Único, 2,4% possuem contrato temporário, 1,7% estão no Programa Mais Médicos e 1,7% regidos pela CLT.
- 47,6% trabalham na administração direta federal, 39,7% em autarquias federais e 12,6% em fundações federais.
- Por cargos, a maioria é professor de Universidades (132,5 mil), seguidos por agentes administrativos (69,3 mil) e por professores do ensino básico técnico (66,7 mil).
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