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Dólar opera em queda nesta sexta-feira, de olho em PIB brasileiro e dados do exterior; Ibovespa sobe

O dólar opera em queda nesta sexta-feira (1º), com investidores de olho em dados econômicos locais e internacionais. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta.

O principal destaque de hoje fica com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade do país cresceu 2,9% em 2023.

Além disso, dados de indústria e inflação da zona do euro e indicadores econômicos da China também ficam no radar.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 10h08 o dólar caía 0,24%, cotado a R$ 4,9606.

Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,06%, cotada a R$ 4,9724.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,40% na semana;
  • alta de 0,71% no mês;
  • avanço de 2,47% no ano.

Ibovespa

 

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,09%, aos 129.135 pontos.

Na véspera, o índice caiu 0,87%, aos 129.020 pontos.

Com o resultado de hoje, o Ibovespa acumulou:

  • queda de 0,31% na semana;
  • alta de 0,99% no mês;
  • recuo de 3,85% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

 

Por aqui, o principal destaque desta sexta-feira (1º) fica com o PIB brasileiro. Segundo dados divulgados pelo IBGE a atividade do país cresceu 2,9% em 2023, levemente acima do projetado pelo mercado no início do ano, de 3,0%.

O resultado final ficou muito próximo ao de 2022, quando o PIB do Brasil teve alta de 3%. Mais uma vez, o último trimestre do ano mostra uma desaceleração da economia, fechando desta vez com estabilidade em relação ao trimestre anterior (0%).

O PIB teve dinâmicas diferentes no primeiro e segundo semestres. Na primeira metade do ano, por exemplo, a atividade econômica foi puxada por uma safra excepcional de grãos. Já de julho a dezembro, o setor de serviços, o principal da economia brasileira, permaneceu resiliente e sustentou uma desaceleração gradual por conta do patamar elevado da taxa básica de juros, a Selic.

Novamente, estímulos fiscais dados à economia impulsionaram os números de consumo, caso do reajuste real do salário mínimo e da fixação do programa Bolsa Família no valor de R$ 600. O mercado de trabalho, que chegou a recordes de ocupação, também ajudou a economia a se manter aquecida.

Segundo o analista da área de reserach da Highpar Maykon Douglas, o destaque pela ótica da demanda foi a alta anual de 3,1% do consumo das famílias, com o resultado puxado pelo forte mercado de trabalho, em meio à dupla combinação entre aumento da ocupação e dos salários médios.

“A leitura nos faz manter a avaliação de que provavelmente o consumo das famílias será uma variável-chave para o desempenho da economia em 2024”, afirmou em relatório. 

Além disso, o mercado também segue repercutindo as recentes sinalizações do governo durante os encontros do G20 realizados nesta semana.

Durante o evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a pedir colaboração internacional para que os super-ricos paguem sua justa contribuição em impostos e parem de se aproveitar dos ‘buracos’ nos sistemas tributários para evasão fiscal.

O economista e diretor do European Tax Observatory, Gabriel Zucman, convidado por Haddad para apresentar uma proposta de tributação em cooperação internacional para super-ricos, afirmou que essa tributação tende a ser progressiva, e propôs uma alíquota mínima de 2% a ser cobrada sobre a riqueza de bilionários.

Já no exterior, as atenções ficam com novos dados da China e da Europa. No gigante asiático, o índice de gerentes de compras (PMI) oficial do setor industrial, compilado pela Agência Nacional de Estatísticas do país, caiu de 49,2 em janeiro para 49,1 em fevereiro. O índice, que ficou abaixo da marca de 50, sinalizou uma contração da economia.

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