A Paraíba registrou, em 2023, um aumento de 17% nas doações de múltiplos órgãos. Dados da Central Estadual de Transplantes apontam que, ao longo do ano, foram 40 doações, incluindo, entre outros, coração, fígado, rins e córneas. No mesmo período, foram realizados 252 transplantes, dos quais 189 de córneas, sete de coração, 26 de rim, 26 de fígado e quatro de medula óssea.
No estado, foram nove doações de coração e sete transplantados. Outros dois corações foram aceitos pelas Centrais de Transplantes de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. Este é o maior número de toda a série histórica, desde 2001, segundo o Ministério da Saúde. Assim como os transplantes de coração, os de rim tiveram um aumento de 30% em relação a 2022. De janeiro a dezembro foram 26 transplantes de fígado, seis a mais que em 2022.
Além de transformar a vida de paraibanos, a Central de Transplantes ajudou a mudar a vida de pessoas em outros estados. No ano passado, pela incompatibilidade com os receptores da lista de espera na Paraíba, foram enviados 57 órgãos para os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Rio de Janeiro.
A diretora-geral da Central de Transplantes, Rafaela Dias, explica que uma soma de fatores permitiu o crescimento dos números. “Terminamos o ano de 2023 com a certeza de que avançamos muito em relação às doações de órgãos e transplantes na Paraíba. Batemos recorde no número de doações e transplantes de coração, superamos o número de transplantes de fígado em comparação a 2022 e ainda ajudamos a salvar 57 vidas em nove estados, com órgãos que foram doados aqui na Paraíba”.
Tudo isso, segundo ela, é fruto dos investimentos do Governo do Estado, que disponibilizou uma aeronave para o transporte dos órgãos e equipes médicas e trouxe para o estado o laboratório HLA, sem falar nas capacitações promovidas junto às equipes e da compreensão das famílias de que o ‘sim’ delas está salvando vidas.
O estado terminou o ano com 540 pessoas na lista de espera, sendo 347 de córneas, cinco de coração, 31 de fígado e 177 de rim. Para ser um doador de órgãos e tecidos, é necessário expressar o desejo para os familiares em vida, não sendo necessário deixar qualquer informação por escrito. Apenas a família pode autorizar a doação
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