Crianças em Gaza correm risco de serem recrutadas por grupos armados, alerta especialista
Separadas dos familiares e à mercê dos bombardeios na Faixa de Gaza, as crianças estão entre as maiores vítimas das violações humanitárias na guerra entre Israel e o Hamas. De acordo com o professor de Direito Internacional Tarciso Dal Maso, elas ainda correm o risco de serem recrutadas por grupos extremistas como “crianças soldados”, uma prática comum em conflitos armados.
“As crianças são vítimas diante da sua extrema vulnerabilidade diante um conflito armado”, resume Dal Maso em entrevista a Natuza Nery. “É possível ainda que elas sejam revitimadas com o eventual recrutamento para participar como ‘crianças soldados’. É um outro fenômeno triste que pode ocorrer”, diz.
Crianças palestinas esperam no chão do hospital Al Shifa após ataque que deixou centenas de mortos nesta terça-feira (17) no hospital Al Ahly, ambos na Cidade de Gaza — Foto: Abed Khaled/AP
“O impacto, difícil de medir nesse momento, é devastador e igualmente propício para futuros radicalismos. Afinal de contas, são crianças que perderam os pais e viram as atrocidades cometidas.”
De acordo com a Unicef, até o momento mais de 700 crianças foram mortas em Gaza e pelo menos 2 mil ficaram feridas.
Após a visita de Biden a Tel Aviv, Israel permitiu a entrada de ajuda humanitária a Gaza pelo Egito.
G1