Coreia do Sul aprova segundo impeachment em 13 dias; ministro das Finanças assume como novo presidente interino

O parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta sexta-feira (27) o impeachment do presidente interino, Han Duck Soo, que também é o primeiro-ministro do país. Ele substituia o presidente eleito Yoon Suk Yeol, destituído do cargo em 14 de dezembro.
O legislativo sul-coreano, dominado pelo Partido Democrático, que faz oposição ao presidente interino, contou com 192 votos a favor do impeachment. Ao todo são 300 legisladores na casa e, segundo o parlamentar Woo Won-shik, era necessário apenas uma maioria simples para confirmar a destituição de Han Duck Soo.
O primeiro-ministro Duck Soo foi impedido de continuar como presidente interino porque se recusou a nomear três juízes para preencher vagas ociosas no Tribunal Constitucional, necessárias para julgar o impeachment de Yoon Sul Yeol. Duck Soo afirmava que isso excederia seu papel temporário.
Esta foi a primeira vez na história da Coreia do Sul em que um presidente interino é afastado do cargo. Com o impedimento de Duck Soo, o ministro de Finanças, Choi Sang-mok, assumiu interinamente o cargo de presidente, tal como prevê a Constituição sul-coreana.
“É importante minimizar a confusão do país, e farei meu melhor para chegar a esse objetivo”, afirmou Sang-mok.
O novo presidente interino também afirmou que pedirá ao Exército do país para ficar em alerta máximo por conta de haver a possibilidade de uma provocação da Coreia do Norte, país vizinho e tratado como inimigo pela Coreia do Sul.
Mais cedo, Sang-mok chegou a pedir que o plano para o impeachment fosse retirado da pauta de votação, com receio de sério dano à Economia do país, porém não teve seu pedido atendido.
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O primeiro-ministro Han Duck Soo durante discurso em 11 de abril de 2024 — Foto: Yonhap/AP
O plano para a votação que resultou no impeachment de Han foi revelado na última quinta-feira (26) pelo principal partido de oposição, após ele se recusar a nomear imediatamente três juízes para preencher vagas no Tribunal Constitucional, alegando que isso ultrapassaria seu papel interino.
A nomeação dos juízes do Tribunal Constitucional é necessária para garantir o julgamento de Yoon no tribunal após a aprovação de seu impeachment pela Assembleia do país.
“A única maneira de normalizar o país é erradicar rapidamente todas as forças de insurreição”, comentou o líder da oposição, Lee Jae-myung, antes da votação pelo impeachment.
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Votação do pedido de impeachment do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, na Assembleia Nacional do país. — Foto: Reprodução/TV Globo
G1