Conheça as recomendações para consumo de peixes durante a Semana Santa
Com raiz cristã, o cardápio à base de peixe é tradição nacional na Semana Santa. Milhares de brasileiros saem de casa em busca do produto que irá compor seu prato, mas é preciso ter cuidado na hora de fazer a escolha. Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), o consumidor precisa ficar alerta antes de levar o produto para casa, observando a importância do consumo de alimentos com os selos dos órgãos de inspeção sanitária.
“Ao se deparar com esses selos (SIF, SIE, SIM ou SISBI), é sinal de que o estabelecimento ou produto é fiscalizado, supervisionado e inspecionado por médicos veterinários, garantindo mais segurança no consumo. Esses profissionais atuam junto à Anvisa, Secretarias Estaduais de Saúde, Vigilância Sanitária Municipal e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por exemplo, e são os responsáveis para garantir que o pescado esteja sendo bem manipulado, conservado e não ofereça risco ao consumidor”, explicou o médico-veterinário César Calzavara.
Ele explica ainda que a inspeção de pescado costuma ser bastante ampla, a depender do tipo, espécie, origem e a forma como será utilizado, variando assim os padrões e controles específicos.
Garantia
A inspeção certifica a segurança daquele alimento. O peixe, assim como todos alimentos, podem transmitir doenças como parasitoses, intoxicações alimentares, infecções bacterianas e virais, entre outras. “Ao comprar um alimento com selo de inspeção, o consumidor adquire um produto que passou por profissionais especializados no assunto para assegurar sua segurança, para que toda a família possa comer uma boa comida sem preocupações”, detalhou.
Selos
Na hora de escolher o peixe em algum estabelecimento comercial, o comprador deve observar selos como o SIF (Serviço de Inspeção Federal), emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que garante que os produtos de origem animal atendam a padrões de qualidade e segurança alimentar estabelecidos pelo governo federal; o SIE (Serviço de Inspeção Estadual), emitido pelas Secretarias Estaduais de Agricultura, certifica produtos de origem animal dentro de cada estado brasileiro; o SIM (Serviço de Inspeção Municipal), emitido pelas prefeituras municipais, e o SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal), que é uma padronização de todas as anteriores, permitindo que produtores e agroindústrias que seguem padrões rigorosos de qualidade possam expandir sua atuação para além das fronteiras estaduais, podendo comercializar seus produtos em todo o território nacional.
“Ao se deparar com esses selos, é sinal de que o estabelecimento ou produto é fiscalizado e inspecionado, garantindo mais segurança no consumo”, explicou.
Avaliação
Além dos selos, os sentidos humanos são extremamente valiosos na hora de avaliar o peixe. Seja pelo cheiro, olfato ou tato, é possível identificar sinais de cautela. O médico-veterinário indica que o consumidor procure por olhos brilhantes e salientes, guelras vermelhas e úmidas, pele brilhante e escamas firmemente aderidas. Por outro lado, ele deve evitar peixes com manchas escuras, odor desagradável ou aparência opaca. O aroma do peixe deve ser leve e suave, sem cheiro forte. A carne deve ser firme e elástica, ao invés de mole ou viscosa
“Peixes com aparência ruim, odor desagradável e textura excessivamente mole devem ser rejeitados”, explica o médico-veterinário César Calzavara, detalhando ainda que é importante escolher locais que prezem pela qualidade do peixe, com fornecedores confiáveis ou mercados de peixes bem estabelecidos. Os peixes frescos sempre devem estar resfriados, principalmente com uso de gelo e os congelados devem apresentar bom congelamento, com aspecto firme e sem excesso de água ou gelo no interior da embalagem.
“No mais, é importante dizer que o pescado é um alimento extremamente nutritivo, fonte de aminoácidos essenciais, gorduras boas para nossa saúde e proteínas de alta qualidade e digestibilidade”, sugeriu o profissional.
MaisPB