Como corregedor, Raul Araújo deve herdar pelo menos sete processos contra Bolsonaro
O ministro Benedito Gonçalves deixou nesta semana a corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No seu lugar, ficará o ministro Raul Araújo, conhecido por ter uma postura mais conservadora. Para Araújo, ficarão pelo menos sete Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Araújo tomará posse na Corte como corregedor em 21 de novembro.
A expectativa é que Raul Araújo, que deve ficar no cargo até 2025, não coloque outras ações em julgamento. Isso porque, nas audiências que ocorreram até o momento, Araújo e Nunes Marques (indicado por Bolsonaro) se manifestaram contra as condenações fixadas pela Corte.
Nesta semana, o ministro pediu vista, ou seja, mais tempo para analisar o tema, em um processo apresentado pelo PT contra o ex-presidente, por supostamente associar Lula ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
Nas eleições, foi Araújo quem proibiu manifestações políticas no festival Lollapalooza. Também no mesmo período, foi novamente o ministro quem negou o pedido feito pelo PT para a retirada de outdoors em defesa do então presidente Jair Bolsonaro instalados em Mato Grosso.
Natural de Fortaleza (CE), o ministro é bacharel em direito pela Universidade Federal do Ceará e em economia pela Universidade de Fortaleza. Ele é ministro do STJ desde 2010.
R7