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Comissão do Senado vai investigar se joias foram presente ou propina

'Nunca vi ninguém dar R$ 16 milhões de presente para uma primeira-dama', afirma o senador Omar Aziz, eleito presidente da Comissão de Transparência e Fiscalização do Senado.

Recém-eleito para presidir a Comissão de Transparência e Fiscalização, o senador Omar Aziz (PSD-AM) anunciou que o primeiro trabalho à frente do grupo será investigar se os R$ 16 milhões em joias transportados pelo ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque eram presentes ou propina.

Aziz pedirá um pente-fino em todos os negócios fechados pelo governo Bolsonaro com o mundo árabe, especialmente com fundos de pensão ligados ao governo da Arábia Saudita. Ele não está convencido de que as joias eram um presente.

“Nunca vi ninguém dar R$ 16 milhões de presente para uma primeira-dama. Isso é a versão do Bento Albuquerque, que será investigada.”

Além do valor, a forma como as joias foram transportadas também chamam atenção. A própria Receita Federal considera “não usual” o ingresso do suposto presente, num pacote transportado por um membro da comitiva do ministro.

“Os bens não foram declarados, a burocracia não foi acionada, nada foi inventariado ou patrimonializado”, explicou um auditor ao blog.

O que a Receita chama de burocracia é uma estrutura azeitada no Itamaraty e no cerimonial da Presidência da República para cuidar de presentes oficiais.

Geralmente, o que ocorre são trocas de mimos de baixo valor e que remetem à cultura do país. As autoridades não se envolvem diretamente no assunto. Geralmente, só aparecem para fazer a foto. Quem cuida de tudo é o cerimonial da Presidência e o Itamaraty. Transportar o presente, nem pensar.

G1

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