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Com viagem à China, Lula busca ampliar relações e marcar nova fase da política externa brasileira

 

A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, no fim de semana, representa ao mesmo tempo uma busca por ampliação das relações comerciais e também a consolidação da estratégia da política externa do governo.

Ao vencer as eleições, no discurso da vitória, Lula dedicou grande parte do tempo para falar de relações internacionais e que uma de suas prioridades seria “recolocar o Brasil no mundo”. Lula fazia referência ao que considera o “isolacionismo” de seu antecessor, Jair Bolsonaro, no cenário externo.

Os três maiores parceiros comerciais do Brasil são China, Estados Unidos e Argentina. EUA e Argentina já foram visitados por Lula. Com a ida à China, ele terá cumprido agenda oficial nos três maiores parceiros nos três primeiros meses de governo.

Além disso, Lula recebeu o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Brasília. Lula também foi ao Uruguai, logo após a ida à Argentina, em viagem para tratar das intenções do país sul-americano de negociar acordos comerciais fora do Mercosul.

Conversa com Xi Jinping

 

A China é o maior parceiro comercial do Brasil. A viagem é um convite do presidente Xi Jinping a Lula.

As conversas entre Xi e Lula devem tratar de temas que vão desde a guerra entre Rússia e Ucrânia, questões comerciais e de governança global e a promoção de produtos brasileiros no mercado chinês.

Apesar de o Brasil não estar diretamente envolvido no conflito, Lula já disse publicamente que conversará com Xi Jinping sobre o papel da China na resolução da guerra. O presidente brasileiro defende que o país asiático seja um dos líderes de um grupo de países para buscar uma solução diplomática para a guerra entre os dois países.

Agenda

 

Além da reunião com Xi Jinping, Lula também vai encontrar em Pequim:

  • o primeiro-ministro da China, Li Qiang;
  • o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji.

 

Além disso, o presidente brasileiro também irá a Xangai, na costa do mar oriental do país, para visitar a sede do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Lula trabalha para que a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff assuma o comando do banco, conhecido como Banco dos Brics — bloco de países em desenvolvimento formado por Brasil, China, Índia, África do Sul e Rússia.

Lula convidou os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para acompanhá-lo na viagem à China.

Os dois devem aceitar e reforçar a comitiva, que terá ministro, parlamentares e empresários.

O vice-presidente Geraldo Alckmin ficará à frente do Palácio do Planalto durante a viagem de Lula.

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