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Cirurgia robótica é responsável por revolucionar implantes de quadril; entenda

A cirurgia robótica surgiu na década de 1980, inicialmente na neurocirurgia e na urologia, para aumentar a precisão dos procedimentos, reduzir riscos e acelerar a recuperação dos pacientes. Seu desenvolvimento na Ortopedia é um pouco mais recente.

Nos últimos anos, sistemas robóticos avançados trouxeram uma evolução significativa à prótese do quadril, permitindo maior exatidão no planejamento e na execução da cirurgia. Importante ressaltar que o grau de complexidade destes sistemas é variável pois, enquanto a maioria deles atua mais como um navegador, poucos são realmente “robóticos”.

Como é o procedimento

Na prótese robótica do quadril, um braço mecânico – controlado pelo cirurgião – é utilizado para substituir a articulação do quadril com o apoio de imagens 3D em tempo real. Diferente da cirurgia convencional, onde o posicionamento da prótese depende unicamente da experiência do cirurgião, o sistema robótico permite usar imagens tridimensionais para elaborar um plano específico para cada paciente. E ainda auxilia na sua execução exata por meio de tecnologia háptica avançada.

As etapas do processo

1. Planejamento 3D: imagens tomográficas são obtidas para mapear a anatomia e testar de antemão o tamanho e a posição dos implantes, o que permite planejar o posicionamento ideal dos componentes para cada caso.

2. Implantação assistida pelo robô: o braço robótico garante movimentos precisos durante o preparo ósseo e a colocação da prótese.

3. Feedback em tempo real: durante a cirurgia, o sistema robótico oferece informações contínuas, garantindo que o posicionamento e o alinhamento dos implantes sejam feitos de maneira milimétrica.

Vantagens e desafios

Vantagens: o planejamento personalizado e a precisão milimétrica na colocação dos componentes potencialmente reduzem complicações tais como desgaste prematuro, luxação (desencaixe) e diferença de comprimento dos membros.

Desafios: entre as limitações estão a necessidade de certificação específica para o cirurgião e a disponibilidade ainda restrita devido ao alto custo de aquisição da prótese.

Por Thiago S. Busato – CRM PR 20484 – RQE 14792 – Ortopedista e Traumatologista

 

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