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Chacina em Sorriso: delegado diz que cena do crime deixou os peritos chocados

O delegado Bruno França Ferreira, da divisão de homicídios responsável pelo caso da chacina de uma família em Sorriso (MT), definiu a cena do crime como brutal. Ele afirmou ainda que o cenário marcará a vida de todos os policiais e peritos envolvidos na apuração do caso, que chocou a cidade.

A Polícia Militar foi acionada pelo marido de Cleci Cardoso e pai de Miliane, Manuela e Melissa, que estava viajando a trabalho e não conseguiu contato com a mulher e as filhas. Ao chegarem à residência da família, policiais chamaram pelas moradoras, mas não obtiveram resposta.

Uma equipe da Polícia Militar entrou no quintal e viu pela porta de vidro duas pessoas caídas no chão, aparentemente sem vida. Um militar entrou por uma janela que estava aberta e depois abriu a porta da casa para os outros agentes.

Do lado de dentro, os oficiais encontraram os corpos das quatro vítimas ensanguentados e seminus.

O caso

O pedreiro Gilberto dos Anjos, de 32 anos, que mora e trabalha na obra de um imóvel em Sorriso, em Mato Grosso, confessou ter invadido a casa ao lado da construção e estuprado e matado uma mulher e suas filhas, na madrugada do dia 25 de novembro.

A mãe, Cleci Cardoso, de 46 anos, e as meninas Miliane, de 19, e Manuela, de 13, foram estupradas antes de morrer, enquanto agonizavam. A caçula, Melissa, de 10 anos, foi asfixiada. O marido de Cleci e pai das três meninas é caminhoneiro e estava viajando.

Segundo Bruno França, o delegado responsável pelo caso, marcas de chinelo no piso manchado com sangue foram encontradas pela polícia na casa da família. Policiais civis confirmaram, após a perícia, que elas eram do calçado usado por Gilberto.

Além disso, uma das vítimas tinha um tufo de cabelo nas mãos, e o suspeito, um ferimento na cabeça. O delegado também afirmou que ele levou as roupas íntimas das vítimas como “lembrança”, o que ajudou a apontá-lo como o principal suspeito do crime.

Prisão

Gilberto dos Anjos foi preso em flagrante, no dia 27 de novembro, após confessar o crime, segundo a polícia. O inquérito foi fechado e encaminhado ao Poder Judiciário no dia 6 de dezembro. Ele foi indiciado por feminicídio, estupro e homicídio qualificado.

O autor confesso dos crimes foi indiciado quatro vezes pelo homicídio das vítimas — a mãe, Cleci Cardoso, e as filhas Miliane, Manuela e Melissa. As qualificadoras são: meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, garantir a execução de outro crime e menosprezo à condição de mulher (feminicídio).

Contra as vítimas menores de idade, os homicídios receberam mais uma qualificadora, que é de crime cometido contra menor de 14 anos, previsto na Lei Henry Borel. Além dos homicídios qualificados, Gilberto foi indiciado pelos crimes de estupro de duas vítimas adultas e de estupro de vulnerável da vítima de 13 anos.

Outros crimes

Gilberto já tinha dois mandados de prisão expedidos por crimes de estupro e latrocínio.

Em setembro deste ano, em Lucas do Rio Verde, ele invadiu uma residência e abusou sexualmente de uma vítima, que estava dormindo. Depois, ainda tentou matar a mulher, que conseguiu reagir, mesmo após ter levado uma facada no pescoço.

Outra vítima que também estava na casa tentou intervir e foi atingida com um soco no rosto dado pelo suspeito. Após os crimes, ele fugiu em uma bicicleta.

R7

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