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CGU diz que avalia derrubar sigilos impostos pelo governo Bolsonaro a 234 processos

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, informou nesta sexta-feira (3) que o órgão vai analisar se derruba os sigilos impostos pelo governo Jair Bolsonaro a 234 processos. Os sigilos foram considerados “indevidos” pelo órgão.

Carvalho anunciou a medida em uma entrevista coletiva à imprensa, em Brasília, na sede da CGU.

Entre os processos que serão analisados, estão os relacionados ao cartão de vacinas do ex-presidente Jair Bolsonaro; aos gastos públicos com as chamadas “motociatas”; e informações sobre visitas dos filhos de Bolsonaro ao Palácio do Planalto (leia detalhes mais abaixo).

Conforme o ministro, os processos são das seguintes áreas:

  • segurança nacional: 111
  • segurança do presidente e familiares: 35
  • informações pessoais: 49
  • atividades de inteligência: 16
  • outros: 23

Promessa de Lula

Ainda na campanha eleitoral de 2022, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva prometeu que, se eleito, faria a revisão dos sigilos impostos por Bolsonaro.

Ao tomar posse, em 1º de janeiro, Lula assinou um ato determinando que a CGU fizesse a revisão dos processos sob sigilo.

Pela norma, estão protegidas pelo período de até 100 anos todas as informações caracterizadas como pessoais, relativas, por exemplo, à intimidade, vida privada, honra e imagem de um cidadão.

A CGU informou que, no total, foram analisados 1.335 processos que tiveram sigilos impostos no governo Bolsonaro. Desses, 234 terão a derrubada do sigilo avaliada.

De acordo com a assessoria da CGU, ainda não é possível afirmar que os outros 1.101 processos permanecerão sob sigilo. Isso, de acordo com o órgão, dependerá da avaliação dos 234.

A CGU ainda não tem o levantamento de quantos sigilos já foram derrubados desde o início do governo Lula. O governo já tornou público, por exemplo, gastos de Bolsonaro com o cartão corporativo.

Após a apresentação dos números, o ministro da CGU disse que a “minoria” dos processos deve ter o sigilo mantido após a análise do ministério.

“Pode ter uma situação ou outra que valha uma reflexão mais profunda, mas os casos selecionados foram selecionados para que a reavaliação seja feita no sentido de maior abertura, isso não tenha a menor dúvida”, afirmou Carvalho.

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