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Cagepa prepara inauguração de primeiro parque de usinas solares

Na Paraíba, onde o Sol brilha o ano quase inteiro, este astro é fonte de uma energia verde, limpa, renovável. A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) está nos ajustes finais para concluir o primeiro parque de usinas solares fotovoltaicas. Até agosto deste ano, serão cinco usinas que, juntas, terão capacidade de abastecer integralmente todos os prédios administrativos da companhia. O projeto pioneiro vai evitar a emissão de mais de 144 toneladas por ano de gases causadores do efeito estufa, e é parte dos investimentos da Cagepa em transição energética e descarbonização.

Trocando em miúdos, a energia gerada pelas usinas é suficiente para atender ao consumo de 780 residências em um ano. Serão utilizadas, ao todo, 1.136 placas solares de 550 watt-picos (Wp), nas cinco usinas – duas na Regional do Brejo e três na Regional do Litoral. De acordo com o assessor da Diretoria de Operação e Manutenção da Cagepa, Antônio Teixeira, que capitaneia a ação, a companhia está investindo R$ 2,71 milhões para execução do parque. “O tempo de retorno desse investimento é rápido: em aproximadamente seis anos, esse valor será ‘pago’. Sem contar com a economia média anual que teremos, que será de R$ 450 mil”, explicou.

Neste mês em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, o presidente da Cagepa, Marcus Vinicius Neves, destaca que esse é um exemplo de ação concreta de cuidado com a natureza que a companhia vem fazendo. “É preciso que as pessoas e empresas tomem iniciativas que, de fato, promovam uma mudança no cuidado com o meio ambiente. A Cagepa está sendo pioneira na transição energética, com projetos ambiciosos de soluções sustentáveis. Entendemos que essa é nossa responsabilidade como empresa pública e estamos orgulhosos em contribuirmos de forma tão robusta. A Paraíba e o Brasil ganham com isso; e o planeta agradece”, ressaltou.

A agenda de transição energética é tocada pela Cagepa desde 2022, e está sendo implementada através de dois grandes passos: a migração para o mercado livre de energia e a implantação de usinas solares. Em João Pessoa, as placas solares foram instaladas no espaço da Estação Elevatória de Esgotos do bairro do Aeroclube, em uma área de mais de 1 mil m². O assessor Antônio Teixeira explica que a energia produzida lá alimenta a Estação de Esgoto e a excedente é encaminhada para outras unidades da Cagepa. “Pela rede de distribuição da concessionária de energia elétrica, podemos ‘transportar’ a nossa energia limpa para onde quisermos. Atualmente, estamos produzindo cerca de 1000 MWh ao ano. Começamos como um protótipo, mas nosso objetivo é continuarmos avançando com a implantação de novas usinas, disse.

Os inversores também estão instalados na Estação Elevatória do Aeroclube. Pelos equipamentos, é possível acompanhar, em tempo real, no visor ou remotamente por um aplicativo no smartphone do gestor, os acúmulos da energia gerada e as intercorrências.

Carbono: a nova moeda de troca – “Nosso compromisso socioambiental é valioso em vários níveis. Além da questão ambiental, a energia renovável nos trará economia de forma inteligente e robusta”, analisa Marcus Vinicius. Essa robustez a que o presidente da Cagepa se refere tem nome e significado: crédito de carbono, um mecanismo monetário que representa a não emissão de gases na atmosfera. A cada tonelada de dióxido de carbono não emitida por uma instituição gera-se um crédito de carbono, ou seja, um crédito financeiro.

Segundo o European Union Emissions Trading Scheme, o mercado de carbono movimenta milhões por ano. Mas, no Brasil, o tema ainda depende do andamento do Projeto de Lei 528/2021. “Quando for regulamentado, a Cagepa poderá converter esses créditos de carbono em recursos financeiros. Uma compensação que vai impulsionar ainda mais o nosso trabalho na redução de emissões”, disse Marcus Vinicius.

O lado livre da força – Outro braço do projeto de descarbonização da Cagepa é a migração para o mercado livre de energia, um ambiente onde as grandes empresas podem negociar as condições comerciais na compra de energia, inclusive, por fontes alternativas.

A companhia já converteu um terço de toda sua energia utilizada para fontes renováveis, ou seja, energia solar, eólica, hídrica, geotérmica ou por biomassa, entre outras. Isso representa uma economia inicial de R$ 10 milhões e a retirada de 25 mil toneladas de dióxido de carbono, aproximadamente, por ano. Com o processo finalizado, no final de 2024, serão retirados da atmosfera 37 mil toneladas de gases de efeito estufa.

Para Teixeira, o êxodo das empresas para o Mercado Livre é um caminho irreversível. “A adesão está sendo cada vez mais crescente porque essa liberdade permite que o consumidor tenha acesso a preços mais baixos do que no mercado cativo (distribuidoras locais). A Cagepa vislumbrou isso há alguns anos e a diretoria apressou o passo nesse caminho”.

O projeto da migração da Cagepa foi dividido em dois movimentos: o primeiro contemplou 35 unidades consumidoras – entre reservatórios e estações elevatórias e de tratamento – cuja migração vai promover uma economia de R$ 10 milhões ao ano e que foi concluído em 2023; e um segundo, constituído por cerca de 60 unidades consumidoras, que vai proporcionar uma nova economia da ordem de R$ 6,5 milhões ao ano, com previsão de ser efetivado no final do ano de 2025. Atualmente, de toda a energia consumida pela Cagepa, 66% é proveniente do mercado livre de energia, e que passará para 80% ao final de 2025.

 

 

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