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Brasil tem deflação de 0,08% em junho, a primeira para o mês em seis anos

 

Guiada pelo barateamento dos combustíveis, dos carros novos e dos alimentos, a inflação oficial do Brasil perdeu ritmo pelo quarto mês consecutivo e apresentou deflação de 0,08% em junho, de acordo com dados publicados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A queda de preços apurada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) não ocorria desde setembro do ano passado (-0,29%). A deflação também é a primeira para meses de junho desde 2017.

Com a variação negativa, a inflação mantém a trajetória iniciada em maio do ano passado e passa a acumular alta de 3,16% nos últimos 12 meses, o menor nível desde setembro de 2020 (3,14%). No primeiro semestre, o índice apresenta uma alta de 2,87% nos preços.

O valor também mostra o índice de preços dentro do intervalo da meta preestabelecida pelo governo para 2023, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 1,75% a 4,75%), pelo quarto mês consecutivo. No entanto, é a primeira vez que o IPCA figura abaixo do centro da meta neste ano.

Diante da queda dos preços, o BC (Banco Central) reduziu de 83% para 61% o risco de o IPCA estourar a meta neste ano. Já os analistas do mercado financeiro preveem alta de 4,95% do índice no acumulado dos 12 meses, encerrados em dezembro.

No mês, os grupos de alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%) foram os que mais contribuíram para a deflação. “Alimentação e bebidas e Transportes são os grupos mais pesados dentro da cesta de consumo das famílias. Juntos, eles representam cerca de 42% do IPCA. Assim, a queda nos preços desses dois grupos foi o que mais contribuiu para esse resultado de deflação no mês de junho”, explica André Almeida, analista da pesquisa.

 

R7

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