Baixa taxa de gordura corporal faz mal ao organismo; entenda a importância do tecido para a saúde
É sabido que o excesso de gordura no organismo é prejudicial à saúde. Famosas como Gracyanne Barbosa, Juju Salimeni e Virgínia são exemplos de pessoas com baixas taxas desse tecido no corpo. No entanto, o que a maioria das pessoas não sabe é que a gordura é essencial e que é preciso ter uma taxa mínima para não apresentar riscos à saúde.
De acordo com a nutricionista Gabriela Cilla, o tecido adiposo é um órgão altamente vascularizado.
O endocrinologista Renato Zilli explica que a gordura tem como função o auxílio à manutenção dos órgãos; é um tecido metabolicamente ativo; ajuda na reposição de energia; protege quanto à temperatura e ao choque mecânico; age na metabolização de hormônios sexuais; além de preencher o espaço entre tecidos.
O tecido adiposo também é responsável pela produção de hormônios relacionados ao apetite, como a leptina, adiponectina e a grelina.
“Quanto maior a quantidade de gordura, maior a produção de lipoxinas, bioativos que podem aumentar ou diminuir a inflamação. Assim, quanto maior a quantidade de lipoxinas, maior o grau de inflamação no corpo, desregulando a quantidade de hormônios responsáveis pela percepção da saciedade, ou que auxiliam o processo de emagrecimento”, esclarece a nutricionista.
Zilli afirma que a gordura ingerida durante a alimentação não faz parte daquela que compõe o organismo, sendo depositada no órgão. Esse estoque é definido por excesso por não conseguir digerir toda a ingestão.
O estoque pode ser feito próximo à pele, como no fígado, assim como em outros órgãos. Quando existe um excesso de ingestão de gordura por meio da alimentação, ela pode ser estocada ou utilizada para o fornecimento de energia.
Entre as mulheres, a taxa de gordura abaixo de 10% pode trazer riscos, como a diminuição da massa óssea, propiciando o surgimento de osteoporose; diminuir ou desregular o fluxo menstrual; causar cansaço e fadiga; maior risco de doenças cardiovasculares ou inflamações sistêmicas.
Gabriela informa que, nesse público, o ideal é manter a taxa de gordura entre 18% e 20%.
Para homens, o percentual de gordura pode ser de 13% a 18%, de forma a ter uma taxa saudável, sem causar prejuízos pela falta do tecido. Abaixo desses percentuais, aumenta o risco de osteopenia e osteoporose
“Ter gordura não, necessariamente, é algo ruim. Tudo o que é abaixo disso [desses percentuais] causa uma desregularização”, afirma a nutricionista.
Gordura marrom: possui essa coloração devido à presença de mitocôndrias, sendo de maior facilidade de eliminação por ser mais nova no organismo, e é responsável por produzir calor corporal.
Gordura intra-abdominal: associada a problemas como diabetes, hipertensão e obesidade, é responsável por secretar hormônios inflamatórios.
Gordura visceral: acúmulo de quando há excesso desse tecido na derme.
Gordura branca: tipo de gordura estocada há mais tempo no corpo e mais densa, sendo de eliminação mais difícil.
R7