Após assassinato e ameaças, Equador terá 2º turno com disputa entre indicada de Rafael Correa e empresário
Em um dos processos eleitorais mais violentos do mundo nos últimos anos, o Equador foi às urnas no domingo (20) para escolher um novo presidente. Mas os resultados indicaram um segundo turno entre Luísa González, a candidata do ex-presidente Rafael Correa, e o empresário Daniel Noboa Azin, filho de um dos maiores magnatas do país.
Até a última atualização desta notícia, com 92% das urnas apuradas:
O segundo turno está marcado para 15 de outubro, e o vencedor receberá as credenciais para governar em 30 de novembro, de acordo com o cronograma do órgão de governo eleitoral.
A campanha eleitoral deste ano foi marcada pelo assassinato do candidato Fernando Villavicencio, jornalista investigativo morto com tiros na cabeça ao sair de um comício em Quito no início de julho.
Um grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas reivindicou autoria, mas a Promotoria do país continua investigando o caso, que colocou a violência sem precedentes na história recente do país sob os holofotes do mundo inteiro.
Christian Zurita, que substituiu a candidatura de Villavicencio, compareceu à seção eleitoral com forte esquema de segurança, usando um capacete e colete de proteção. Com 92,8% das urnas apuradas, Zurita estava na terceira posição, com 16,5% dos votos – as cédulas de votação ainda tinham o nome de Villavicencio, mas os eleitores foram informados nos colégios eleitorais que o voto seria direcionado a Zurita.
Christian Zurita, candidato presidencial equatoriano, sai de seção após votar a eleição presidencial, em Quito, no Equador — Foto: Henry Romero/Reuters