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Após 10 anos, primeiro campus universitário em um presídio nunca funcionou como planejado

Inaugurado em 2013, o Campus Avançado da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) no Presídio Serrotão era um projeto inovador: o primeiro campus de ensino superior dentro de uma penitenciária no Brasil. Porém, ao longo dos últimos 10 anos, a estrutura física nunca abrigou o campus universitário que foi planejado e a proposta foi reformulada para ofertar cursos profissionalizantes, Encceja e até aulas de Ensino à Distância (EaD).

O campus era um avanço na educação de pessoas privadas de liberdade porque para realizar atividades educacionais fora da unidade prisional é necessário a autorização do Poder Judiciário. Ofertar educação superior dentro do presídio permitiria ampliar o projeto de ressocialização dos detentos do Serrotão.

A primeira turma de ensino superior deveria ser formada em 2014, mas a previsão não foi cumprida. No ano seguinte, a UEPB projetava ofertar os primeiros cursos superiores no campus, mas no modelo Ead. O projeto seguiu cumprindo apenas parte da promessa estabelecida na inauguração: a oferta de ensino fundamental, médio e educação técnica e profissionalizante. Até aquele ano, o

Em 2016, uma crise financeira abalou o Governo da Paraíba e, consequentemente, a UEPB. Todas as atividades de extensão universitária foram suspensas por corte de verbas e a universidade precisou abandonar o projeto. Naquele mesmo ano, a estrutura começou a abrigar a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Paulo Freire, que hoje é responsável por ofertar educação regular em nível fundamental e ensino médio dentro da penitenciária.

Apenas 9 anos depois da inauguração, os reeducandos do Presídio Serrotão puderam utilizar a estrutura para cursar uma graduação no ensino superior, porém, no formato de Ensino à Distância (Ead). Na escola Paulo Freire, os reeducandos possuem uma sala exclusiva para os cursos EaD, com estrutura específica, com tablets e wifi.

Segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), a penitenciária conta com sete presos matriculados na modalidade. A Seap não confirma a quantidade de reeducandos que concluíram o ensino superior no Presídio Serrotão. Segundo o órgão, os detentos iniciam os estudos durante o período de reclusão e podem concluir em outras unidades ou fora do sistema prisional.

FONTE: G1

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