O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que a China, “com sua estreita relação com a Rússia”, pode desempenhar um “papel importante” na busca de um “caminho para a paz” na Ucrânia.
Macron desembarcou nesta 4ª feira (5.abr.2023) na nação asiática para uma visita de 3 dias. Deve se encontrar com o líder chinês, Xi Jinping, na 5ª feira (6.abr).
Em discurso na embaixada francesa em Pequim, Macron falou sobre o aumento das tensões entre o Ocidente e a China. “Ouvimos vozes cada vez mais altas expressando uma forte preocupação com o futuro das relações”, disse. Mas ponderou que manter o diálogo com a China é “essencial”.
O líder francês afirmou ainda que a Europa não deve “se separar” da China economicamente. Disse que a França “se comprometerá proativamente a continuar a ter um relacionamento comercial” com Pequim.
A viagem de Macron também tem o objetivo de discutir, com o lado chinês, ações para combater as mudanças climáticas a proteção da biodiversidade.
Os propósitos da visita foram apresentados pelo líder francês em conversa por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na 3ª feira (4.abr). Os líderes “reiteraram seu firme apoio à Ucrânia diante da contínua agressão da Rússia”, disse a Casa Branca em comunicado.
Segundo o jornal Le Monde, Biden e Macron falaram sobre a “vontade comum da França e dos Estados Unidos de engajar os chineses para acelerar o fim da guerra na Ucrânia e construir uma paz duradoura”.
Os presidentes também esperam “obter dos chineses uma contribuição para o esforço global de solidariedade Norte-Sul” e construir “uma agenda comum” sobre clima e biodiversidade.