Durante uma coletiva de imprensa nesse domingo (17/11), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, considerará ataques em solo russo com armas de fabricação americana como um envolvimento direto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no conflito. A declaração veio após os Estados Unidos autorizarem, neste domingo (17/11), o uso de mísseis de longo alcance fornecidos à Ucrânia para contra-atacar os russos.
Segundo o jornal The Guardian, Peskov afirmou que não houve qualquer mudança de posição em relação à declaração de Putin em setembro, quando ele disse que consideraria os ataques com armas dos Estados Unidos como responsabilidade da Otan.
O porta-voz informou que a Rússia tomou conhecimento da decisão do presidente dos EUA, Joe Biden, por meio de reportagens na imprensa.
Biden autorizou o uso do Sistema de Mísseis Táticos (HIMARS, sigla em inglês), que possui um alcance de cerca de 80 km, contra as forças russas posicionadas do outro lado da fronteira. No entanto, o presidente americano não permitiu o uso do ATACMS, um míssil de longo alcance de 300 km para a defesa da cidade de Kharkiv.
Ataque à Ucrânia
Nesse domingo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que a Rússia lançou um “ataque combinado massivo” contra infraestrutura de energia em todo o país. Ao todo, 120 mísseis e 90 drones foram lançados contra várias regiões da Ucrânia. Os bombardeios mataram duas pessoas e deixaram seis feridos.
Zelensky disse que mísseis disparados pelo país “falarão por si”. A fala do líder ucranino foi feita após os Estados Unidos autorizarem o uso de armas de longo alcance pelo país.
Após o ataque russo, Os Estados Unidos autorizaram o uso de mísseis de longo alcance fornecidos à Ucrânia para realizar ataques contra a Rússia. As armas deverão ser empregadas contra tropas russas e norte-coreanas, em defesa das forças ucranianas na região de Kursk, no oeste da Rússia.
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