A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fez um contraste neste sábado (2) sobre a visão de liderança que ela busca levar para a Casa Branca e com o que Donald Trump tem dito durante campanha, criticando as ameaças do ex-presidente contra seus rivais políticos.
“Ao contrário de Donald Trump, não acredito que as pessoas que discordam de mim sejam inimigas”, disse Kamala durante comício em Atlanta, no estado-pêndulo da Geórgia.
“Ele quer colocá-los na cadeia. Eu lhes darei um assento à mesa. É isso que os verdadeiros líderes fazem. É isso que os líderes fortes fazem”, acrescentou.
Trump tem sugerido que usaria o sistema de Justiça dos EUA para perseguir seus oponentes políticos se ele retornar à Casa Branca.
O republicano também ameaçou processar e aplicar “penas de prisão de longo prazo” para autoridades eleitorais e agentes políticos, que ele sugeriu que poderiam trapacear na eleição de 2024.
Em entrevista exclusiva à CNN antes do comício, Kamala Harris disse que sua campanha ainda está tentando alcançar “todos” no eleitorado.
Ela pontuou que pretende “ser uma presidente para todos os americanos”, o que é uma mensagem ecoada nos cartazes de campanha que sua equipe tem usado nessa reta final.
Anteriormente, Kamala afirmou que nomearia um republicano para seu gabinete.
Trump ataca imigrantes
O ex-presidente Donald Trump repetiu neste sábado a alegação infundada de que os imigrantes estão chegando ilegalmente nos Estados Unidos e tomando os empregos dos negros americanos.
“Os imigrantes que chegam ilegalmente tomaram os empregos dos afro-americanos. Pessoas que fizeram um ótimo trabalho. Eles trabalharam lá por 20, 25 anos em lugares diferentes. E, em menor grau, empregos hispânicos, mas um grande número de afro-americanos”, disse Trump em um comício em Gastonia, na Carolina do Norte.
Ele fez a mesma alegação falsa no início do dia, afirmando à Fox News: “Pessoas negras que estão trabalhando tanto, que têm empregos há 20 anos, estão sendo demitidas e substituídas”.
O republicano argumentou repetidamente que imigrantes ilegais estão tomando os empregos de negros e hispânicos americanos. No mês passado, ele falsamente alegou que “A taxa de desemprego deles [afro-americanos] está nas alturas. Espere até ouvir os números”.
A taxa de desemprego de negros ou afro-americanos caiu em setembro para 5,7%. Isso é apenas um pouco maior do que a menor taxa da Presidência de Trump, 5,3%, em dois meses de 2019.
Também é menor do que a taxa pré-pandemia de fevereiro de 2020, também sob Trump, de 6,1%.
Em outro momento, Donald Trump pontuou que “protegerá nossas mulheres”. Em um comício em Green Bay, no estado de Wisconsin, na quarta-feira (30), ele relatou conselhos de assessores que o incentivaram retirar a promessa de ser o “protetor” das mulheres, porque eles viam isso como inapropriado.
“Eu disse que protegeremos porque continuo ouvindo — acho que as mulheres me amam, eu amo, porque elas sabem, você sabe, se elas não me tiverem, elas têm milhões de pessoas passando e vindo para os subúrbios”, comentou.
“Bem, os subúrbios estão sob ataque agora. Quando você está em casa sozinho e tem esse monstro que saiu da prisão… Acho que você preferiria ter Trump”, concluiu.
CNN Brasil terá supercobertura ao vivo
A CNN Brasil vai realizar uma supercobertura da disputa entre Kamala Harris e Donald Trump pela Casa Branca nas eleições americanas, que acontecem na terça-feira, dia 5 de novembro.
Em conexão direta com a matriz americana da CNN, a cobertura terá início com dois dias de antecedência, a partir do dia 3, na programação especial “América Decide”.
No dia das eleições, o assunto tomará as 24 horas do dia da CNN Brasil, por meio de uma supercobertura nos jornais diários, contando especialmente com a grandiosa estrutura da matriz e com tradução simultânea de alta agilidade.
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