O Parlamento de Israel aprovou o banimento da UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos, de seu território nesta segunda-feira (28).
“Funcionários da UNRWA envolvidos em atividades terroristas contra Israel precisam ser responsabilizados. Como evitar uma crise humanitária é também essencial, auxílio humanitário precisa continuar disponível em Gaza agora e no futuro”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em perfil no X.
O diretor da agência, Philippe Lazzarini, disse que a decisão “vai apenas aprofundar o sofrimento dos palestinos, especialmente em Gaza”.
Já o conselheiro de imprensa da organização, Adnan Abu Hasna, afirmou à rede qatari Al Jazeera (também banida de Israel) que a proibição de operações da agência é uma “escalada sem precedentes” que significará o colapso da oferta de ajuda humanitária na área.
“Se as Nações Unidas não estão dispostas a limpar o terrorismo e integrantes do Hamas desta organização, então temos que tomar medidas para assegurar que eles não firam nosso povo nunca mais”, disse a parlamentar israelense Sharren Haskel.
A UNRWA emprega dezenas de milhares de pessoas e providencia serviços de educação, saúde e ajuda humanitária a milhões de palestinos na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Líbano e Síria.
A agência foi criada em 1949 e começou a operar em 1950. A fundação da UNRWA estava diretamente ligada à necessidade de providenciar auxílio a palestinos deslocados pelos conflitos que terminaram pelo estabelecimento do Estado de Israel.
Há hoje cerca de 5,9 milhões de palestinos considerados refugiados -pessoas e seus descendentes que perderam seu lugar de residência, de acordo com o critério da ONU. A grande maioria deles está em nações do Oriente Médio.
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