O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta sexta-feira (19) que conversou por telefone com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Durante a conversa, Trump prometeu “acabar com a guerra” entre Ucrânia e Rússia, se for eleito.
“Como seu próximo presidente dos Estados Unidos, vou trazer paz para o mundo e acabar com a guerra que já ceifou tantas vidas e devastou incontáveis famílias inocentes”, publicou o ex-presidente em uma rede social.
“Os dois lados poderão se reunir e negociar um acordo que ponha fim à violência e pavimente o caminho para a prosperidade.”
Os Estados Unidos entregaram dezenas de bilhões de dólares em assistência militar a Kiev desde que a Rússia iniciou a invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022. No entanto, caso Trump vença em novembro, o apoio de Washington não estará garantido.
Zelensky confirmou o telefonema. “Estabelecemos com o presidente Trump discutir em uma reunião pessoal que passos podem ser dados para uma paz justa e realmente duradoura”, disse.
Reunião entre Trump e Orban
Trump, que aceitou formalmente ontem sua nomeação como candidato presidencial do Partido Republicano, afirmou em diversas ocasiões que acabaria com a guerra muito rapidamente, mas nunca disse como.
O ex-presidente recebeu em sua mansão da Flórida o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que se reuniu no começo do mês com o presidente russo, Vladimir Putin.
Os elogios frequentes de Trump a Putin e sua relutância em condenar abertamente a invasão russa geram temor no Ocidente de que ele possa obrigar a Ucrânia a aceitar uma derrota parcial.
O ex-presidente também criticou diversas vezes a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Seu companheiro de chapa, J.D. Vance, lidera a ala isolacionista entre os congressistas republicanos que sustentam que os Estados Unidos deveriam suspender a ajuda à Ucrânia.
Zelensky disse no começo da semana que ele e Trump poderiam trabalhar juntos caso o republicano vencesse. Mas não comentou se estava preocupado com o presidente Joe Biden, pressionado a se retirar da disputa.
O líder ucraniano reconheceu que “as turbulências” do período eleitoral americano têm “um grande impacto” em seu país.
G1