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Psicóloga alerta para impactos da traição na saúde mental durante a gravidez

A cantora Iza anunciou o fim de seu relacionamento com o jogador de futebol Yuri Lima após confirmar uma traição. O anúncio veio por meio de um vídeo nas redes sociais no dia 10 de julho, no qual a artista, grávida de seis meses, pediu respeito pelo seu momento e afirmou que não discutirá mais o assunto publicamente. A situação trouxe à tona um tema frequente: gestantes enfrentando danos emocionais causados pela infidelidade dos parceiros.

Após uma traição, é comum experimentar emoções como raiva, tristeza e frustração. Para a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Sâmia Duarte, a dor emocional está intimamente ligada à perda de confiança, não apenas no parceiro, mas em si mesma. A autoimagem também pode ser alvo de questionamentos, associando a infidelidade a supostas falhas pessoais. “Esses pensamentos abalam a confiança e distorcem a percepção que a mulher tem de si”, ressaltou.

Durante a gestação, momento de tantas transformações, a ocorrência de uma traição não apenas pode afetar o humor da gestante, mas também a sua capacidade de lidar com a situação, deixando-a ainda mais fragilizada emocionalmente.

Sâmia Duarte revela que estudos mostram que, durante a gravidez, os bebês são alimentados não só pelos nutrientes que recebem através do cordão umbilical, mas também pelas emoções de suas mães. “Isso afeta de forma indireta os bebês, que podem sentir e reagir às emoções que suas mães experimentam”, alerta.

Suporte – Em meio a uma situação tão adversa, a psicóloga ressalta que o suporte dos familiares e amigos é fundamental. Respeitar o processo emocional que essa mulher enfrenta, oferecendo o acolhimento necessário para ela possa expressar sua tristeza, chorar e receber apoio. “A gestante traída precisa de fato ser acolhida, não ser julgada. Amigos e familiares precisam simplesmente ouvi-la e não entrar nesse processo de dizer o que a pessoa deve ou não fazer, mas agir de modo que ela se sinta segura e cuidada por eles”, explica.

Investir no diálogo e no suporte psicológico é também outra medida necessária. Sâmia Duarte pondera que a psicoterapia não apenas oferece apoio, mas também representa um meio de tratamento e cuidado para ajudar essa mulher a lidar com algo que é externo a si. Proporcionando um espaço para um diálogo claro e esclarecido, auxiliando na criação de estratégias para enfrentar a situação.

MaisPB

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