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INSS mantém apenas atendimentos marcados em meio a greve nacional de servidores

Em diversas unidades do INSS pelo Brasil, só entra quem tem atendimento marcado. A greve dos servidores da previdência, por tempo indeterminado, pede reajuste salarial, melhores condições de trabalho e estrutura de carreira.

Entre os serviços afetados, estão os processos de concessão de benefícios, como aposentadoria e pensões. A greve não atinge o serviço de perícia médica. Algumas unidades reforçam que estão em greve, outras, o atendimento é normal.

A paralisação parcial atinge os estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O governo federal deve apresentar uma nova proposta, para que os atendimentos sejam normalizados. As negociações seguem sem definição.

Greve dos servidores do INSS na Paraíba

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na Paraíba estão em greve por tempo interditado deste a última terça-feira (16). A decisão foi tomada após a realização de duas assembleias (presencial e virtual) comandada pelo Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Previdência e Trabalho do Estado da Paraíba (SindsprevPB) com a categoria. Veja abaixo o que muda e o impacto da greve no Estado.

Os trabalhadores do órgão apontam falta de acordo com o governo federal sobre reajuste salarial, entre outros pleitos. A paralização atinge tanto quem trabalha de forma presencial nas agências quanto aqueles que  atuam em home office.

“Foram realizadas três rodadas de negociação entre o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) com os  servidores do Seguro Social, mas o governo não se mostrou disposto a atender as reivindicações da categoria. Por isso, estamos seguindo orientações do movimento nacional pela paralisação dos serviços”, destacou o diretor do Sindicato, Sérgio Fonseca, que faz parte do Comando de Greve, e também servidor do INSS.

Impacto

De acordo com o Sindicato, a paralisação impacta na análise e  concessão de benefícios, como aposentadoria, pensões, salário  maternidade, auxílio reclusão, Benefício de Prestação Continuada (BPC), reabilitação profissional, acerto de cadastro, atendimentos presenciais (exceto perícia médica) e análise da recursos e revisões.

O que também pode ficar comprometido com a paralisação é a operação pente-fino —  que seria feita nos auxílios temporários para garantir a  economia de R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias, anunciada pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, na semana passada.

O diretor Sérgio Fonseca informou ainda que o Comando de Greve já foi  formando e está organizando visitas às agências da previdência social na Capital e no interior para conscientizar e mobilizar a categoria para  adesão à paralisação. “Estamos lutando pela valorização do nosso trabalho, mas principalmente por melhores condições para que a população tenha um atendimento de qualidade”, ressaltou.

Reivindicações

Além de um reajuste que não recompõe as perdas salariais e aponta para desvalorização da carreira dos servidores, a  categoria está pleiteando:

  • Condições de trabalho para atender mais e melhor a população;
  • Nível superior para o ingresso no cargo de Técnico do Seguro Social;
  • Atribuições exclusivas, enquadramento como Carreira Típica de Estado;
  • Reestruturação da tabela remuneratória de acordo a NT13 (com Adicional de Qualificação);
  • Abertura das Mesas Setoriais com prazo improrrogável (Defesa do teletrabalho, novas regras para o Bônus e pontuação

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