“Eu quero saber o papel dos bancos públicos para alavancar os investimentos nesse país, para pequenos e médios empreendedores, para cooperativas, para grandes empresários, para os estados que estão com capacidade de endividamento, para prefeituras. Por que não emprestar dinheiro para essa gente? Não pode ser proibido emprestar dinheiro para construir ativo que vai aumentar o patrimônio deste país. Que vai aumentar a qualidade de vida do povo. Não dá para a gente ficar achando que o gostoso nesse país é guardar dinheiro”, completou.
O empréstimo de dinheiro via bancos públicos é alvo de diversas críticas. Chamados de “amigos” por Lula, Venezuela, Moçambique e Cuba estão inadimplentes com o Brasil, por exemplo, em relação às concessões feitas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A dívida somada até dezembro de 2022 é de R$ 5,3 bilhões.
Como o R7 mostrou, a Venezuela é a maior devedora: R$ 3,5 bilhões. Depois vêm Cuba, com R$ 1,22 bilhão, e Moçambique, com R$ 682 milhões. Quem faz a cobrança dessas dívidas é o próprio BNDES, atualmente presidido por Aloizio Mercadante.
A dívida da Venezuela com o BNDES foi um dos temas tratados na reunião feita entre Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais, com o ditador Nicolás Maduro. A viagem “secreta” do enviado de Lula ocorreu nesta semana, e a reabertura da Embaixada do Brasil no país também estava na pauta do encontro.
PAC
Durante a reunião com os ministros, Lula falou ainda em recriar o PAC. “Eu queria até sugerir ao nosso companheiro [Paulo] Pimenta [ministro da Secretaria de Comunicação Social] que é importante colocar a criatividade da comunicação em funcionamento para a gente criar um novo nome. O PAC foi muito importante, produziu muita coisa, mas se a gente puder criar um novo programa, é importante. Mostrar que a gente está renovando, inovando, que a gente tem criatividade para fazer outras coisas”, defendeu.
Lançado pelo petista em 2007, o programa previa um total de R$ 503,9 bilhões em mais de mil projetos. Em 2010, foi apresentado o PAC 2, como vitrine para a campanha da então presidente Dilma Rousseff (PT). A nova versão do programa incorporou as obras que não tinham sido concluídas no PAC 1, com total de investimentos na casa de R$ 1 trilhão.
R7