X de Musk tira Brasil da lista de países em que permite anúncios políticos
O Brasil deixou de constar na lista de países em que o X (antigo Twitter), do bilionário Elon Musk, diz permitir anúncios políticos. Com isso, o país não está no rol de nações em que eram permitidos “anúncios de conteúdo político”.
A alteração no site do X ocorre na mesma semana em que vence o prazo para as plataformas se adequarem às novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tornaram obrigatória, entre outros itens, a disponibilização de repositório de anúncios de conteúdo político eleitoral pelas empresas que oferecem este tipo de serviço.
A corte deu um prazo de 60 dias, a contar da data em que a resolução passou a vigorar, o que ocorreu em 1º de março. A mudança no X também ocorre semanas depois do embate de Musk com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
O dono do X acusou o magistrado de censura, ameaçou descumprir ordens judiciais no Brasil e acabou se tornando alvo de investigação em inquérito da corte. A empresa forneceu ainda decisões sigilosas de Moraes, após requisição, e que foram divulgadas em relatório de congressistas dos EUA alinhados a Donald Trump.
Embora Musk siga com retórica de ataques a Moraes e ao governo Lula (PT) desde então, sendo citado como “mito da liberdade” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas comunicações oficiais ao STF a plataforma tem se defendido de suspeitas de descumprimento e diz respeitar a legislação.
Na terça-feira (30), a Folha enviou questionamento ao X para saber se a plataforma seguiria permitindo anúncios político/eleitorais no Brasil. Também perguntava se a empresa iria disponibilizar um repositório desses anúncios, em que local e a partir de qual data.
O X não respondeu. Enviou apenas uma resposta, em inglês, dizendo estar ocupado e orientando entrar em contato novamente mais tarde, como tem feito de modo padrão. “Busy now, please check back later”, diz o texto.
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