Sabadinho Bom apresenta o instrumentista Jorge Simas e seu violão sete cordas
A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) apresenta, nesta edição do Sabadinho Bom, o instrumentista, compositor e arranjador Jorge Simas, artista de renome internacional, que vai apresentar sucessos conhecidos do público e músicas autorais gravadas por artistas como Zeca Pagodinho e João Nogueira. O evento acontece na Praça Rio Branco, a partir do meio-dia.
“O Sabadinho Bom se transformou, nesses últimos três anos, em uma experiência sociocultural das mais importantes em João Pessoa. Além de apresentarmos a boa música, de samba, de choro, boa música brasileira, valorizamos os nossos artistas e fazemos com que o público tenha garantido um lugar de encontro para dança, confraternização que se tornou a Praça Rio Branco”, iniciou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele entende também que a cultura desenvolve uma economia criativa forte. Isso, conforme avaliou, foi mostrado, sobretudo, nos últimos três meses, no Natal, Réveillon, Forró Verão, no Carnaval, como é forte esse lado econômico da cultura de João Pessoa.
“Com uma festa como o Sabadinho Bom, mobilizamos uma rede de pessoas que gera emprego e renda, do pequeno comerciante de rua ao dono de um bar, um restaurante, casas de shows do Centro Histórico. Isso é fundamental para todos nós”, disse.
“Sei da importância do projeto, tendo participado como convidado em duas ocasiões, uma com Nestor do Cavaco e outra com o acordeonista Genaro. Acho o evento muito importante pois traz à cena muitos músicos e cantores que não têm o merecido espaço na mídia atual. Além disso, valoriza gêneros significativos do nosso País e concede espaço à música instrumental”, elogiou Jorge Simas.
Ele conta que, neste Sabadinho Bom, fará um encontro de músicos reconhecidamente talentosos e o desenrolar da apresentação vai instigar os participantes na escolha do repertório espontaneamente, mas, algumas músicas de sua autoria serão executadas.
“Posso destacar ‘Luz Maior’, gravada por João Nogueira, e ‘Lente de Contato’, gravada por Zeca Pagodinho. Pretendo também tocar alguma coisa instrumental, penso em ‘Nós Dois’ e ‘Choro Fácil’, peças que compus. Teremos, samba, choro, samba-canção, bossa nova, por aí, e deixar à vontade os convidados especiais”, adiantou.
Um time de músicos vai acompanhar o artista: Potyzinho no cavaco e Carlos Moura no pandeiro, além de três participações especiais: Chico Lopes no sax, Luizinho Calixto no 8 baixos e o cantor Tony Nogueira. Ele pretende fazer uma homenagem especial ao acordeonista Valtinho.
“Esperamos nos divertir com esse encontro maravilhoso e passar para o público a magia que envolve uma reunião de músicos deste quilate. As pessoas que frequentemente vão ao Sabadinho são animadas e participativas. Queremos que elas se sintam em casa”, pontuou.
O artista – Nascido no Rio de Janeiro, em 1953, Jorge Simas é filho de músicos amadores e começou a tocar acordeon aos cinco anos de idade, passando para o violão em 1970. Em 1975, começou a desenvolver uma ligação com o choro. Tocava em serestas, rodas de samba e pequenos shows, mas só se tornou profissional na década de 1980. Autodidata, aos 15 anos, em 1968, começou a tocar cavaquinho e bandolim, e compôs sua primeira música com letra, ‘Lua vazia’, vencedora do I Festival de Música do Colégio Olindense, onde estudava.
Ao longo de sua trajetória, ganhou diversos prêmios e, em 1976, se tornou profissional no violão de sete cordas, tocando com artistas como K-Ximbinho, Moreira da Silva e Dona Ivone Lara. Em 1977, formou o conjunto Nó em Pingo D’Água.
Na década de 1980, começou a ser chamado para gravar com artistas como Beth Carvalho, Alcione, Jair Rodrigues, Clara Nunes, Elis Regina, Elza Soares, entre outros grandes nomes.
Participou de festivais internacionais em Portugal e Estados Unidos, e suas músicas foram gravadas por intérpretes como Elizeth Cardoso, Elymar Santos, Zeca Pagodinho, João Nogueira, MPB-4, entre outros.
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