Por isso, esse ouro comestível é bem diferente daquele utilizado em joias, que na maioria das vezes são menos puras.
No mesmo período, a nutricionista Lara Natacci, mestre e doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), disse que justamente por causa disso a substância não é absorvida pelo corpo e, quando consumida esporadicamente e em baixa quantidade, não apresenta nenhum risco à saúde.
“Esse ouro não é metabolizado pelo organismo. Nosso corpo o elimina completamente. Não o absorve”, explicou.
“Mas não existe uma ingestão diária aceitável para o ouro, como existe para outros aditivos. O que se sabe através de poucos estudos é que não existe absorção no corpo, mas não dá para afirmar categoricamente que não vai ter nenhum efeito colateral”.
Dados sobre os níveis mais altos de ingestão e um consumo mais frequente, porém, ainda são incertos, devido à carência de estudos.
No Brasil, Anvisa disse ao g1, na época, que possui duas normas que abrangem o uso do ouro na alimentação:
a resolução nº 387, de 5/08/1999 diz que o uso do ouro seja com a função de corante, para a superfície de confeitos e “na quantidade necessária para atingir o efeito tecnológico”;
a resolução RDC 248, de 13/09/2005 permite que misturas à base de ouro sejam colocadas com a função tecnológica de “catalisar” a produção de óleos e gorduras.