O avanço do diabetes, que já atinge mais de meio bilhão de pessoas no mundo. Quase metade das pessoas que têm a doença desconhece os riscos, que incluem perda de membros, cegueira e até a morte, a menos que as pessoas fiquem atentas aos sintomas que levam a diagnóstico precoce e ao tratamento adequado. Entenda mais sobre a doença a seguir
Quando o assunto é uma doença antiga, mas ainda cheia de mitos, características como idade, peso e histórico familiar nem sempre são decisivas para o diagnóstico. Só no Brasil, em números sub notificados, o diabetes atinge quase 17 milhões de pessoas, faixa calculada apenas entre adultos dos 20 aos 79 anos
“É um crescimento acompanhado do crescimento da obesidade, do sobrepeso, dos maus hábitos de vida e do sedentarismo“, enfatizou Luiz Turatti, endocrinologista do hospital Moriah.
Estimativas apontam que metade das pessoas não sabe que tem a doença no mundo, o que transforma essa epidemia em algo silencioso e arriscado
E mesmo depois que a doença deixa de ser silenciosa e acontece o diagnóstico, muitos pacientes continuam ignorando os riscos e deixam de tomar aquelas medidas básicas que a doença exige. Foi o que aconteceu com o seu Edvaldo Furtado Apolinário, o aposentado descobriu a doença aos 38 anos, mas só começou a tomar todos os cuidados 10 anos depois
O primeiro problema decorrente da doença foi a neuropatia, uma lesão nos nervos que atingiu pernas e braços. “No meu caso veio com uma inflamação total do nervo ciático. Eu não tinha movimento nas pernas e fiquei sem andar por três meses”, contou o aposentado.
A doença ainda provocou um glaucoma que levou a cegueira do olho esquerdo e que compromete a visão do direito, além de problemas cardíacos que exigiram várias intervenções e visitas periódicas a vários especialistas
Existem quatro classificações de diabetes na medicina: pré-diabetes, diabetes gestacional, além das diabetes tipo 1 e tipo 2. Segundo Fernando Valente, endocrinologista, diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, na qual a imunidade da pessoa se volta contra o pâncreas, o órgão que produz insulina. Já no diabetes tipo 2, o fator ambiental acaba sendo muito mais importante e o excesso de peso é o principal fator ligado a esse tipo da doença
O seu Edivaldo tem o tipo 2, que é um dos mais comuns no Brasil. A doença exige atenção redobrada na prevenção e no rigor no tratamento. “Em geral, é uma doença inicialmente silenciosa, detectada pelos exames laboratoriais. Se a pessoa não faz exame regularmente, ela detecta em uma fase mais adiantada, onde a perda da capacidade de produção de insulina é maior, então a ela já pode manifestar sintomas”, alertou o endocrinologista.
O pequeno Rafael, de um ano e quatro meses, foi diagnosticado com diabetes tipo 1. A princípio, não havia casos na família e nem sintomas evidentes. Júlia Candalaft, mãe do menino, percebeu algumas alterações em seu comportamento e o levou para um pronto-socorro
O que parecia ser uma apenas uma virose, se tornou um diagnóstico que ninguém esperava e a criança precisou ser internada na UTI por cinco dias. Atualmente, além do controle da alimentação que já acontecia antes, com a ajuda da tecnologia, os pais acompanham tudo de perto nível de glicose
A aplicação de insulina por meio de aparelhos tecnológicos ajudam a reduzir o número de picadas durante o dia, facilitando uma vigília permanente
No caso de uma doença silenciosa, o diagnóstico precoce é indispensável para manter a saúde e a qualidade de vida não só do paciente, mas da família inteira. “É fundamental que os pais façam esse diagnóstico o quanto antes, porque o tratamento é simples, a grande complexidade é identificar isso cedo”, afirmou Lucas Prediger, pai do Rafael.
R7