A alta de casos de esgotamento mental no trabalho após o início da pandemia levou o burnout a ser considerado, há pouco mais de um ano, uma doença ocupacional.
Entre os fatores que contribuem com sintomas de exaustão física e mental, a liderança no ambiente de trabalho pode ser decisiva para estimular ou até mesmo evitar o avanço da síndrome. É o que destaca Joana Story, professora adjunta da Escola de Administração de Empresas da FGV.
“Existem alguns estudos que olham uma supervisão um pouco mais abusiva, que é bem mais rígida, menos relacional. E isso vai ter um impacto realmente negativo”, diz.
De acordo com a professora, a saúde mental do trabalhador está diretamente relacionada ao equilíbrio entre demanda e recursos.
“Quando temos muito mais demandas do que recursos, é um indício de que poderemos entrar em esgotamento emocional”, explica.
Em entrevista à Natuza Nery, Joana também avalia que também há perfis de liderança que contribuem para uma cultura de trabalho na qual o esgotamento pode ser evitado.
“Uma liderança que promove o grupo coletivo, uma identidade social, uma liderança que as pessoas sentem que elas podem contar com aquelas pessoas, com aqueles líderes. Isso tudo vai influenciar bastante como uma forma de neutralizar demandas negativas que a gente tem no trabalho.”