A Paraíba tem 184 áreas de risco identificadas para desastres naturais, segundo aponta o Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil, através do Serviço Geológico do Brasil. De acordo com o mapeamento, 63.992 pessoas vivem nessas localidades, que estão distribuídas em 31 municípios. O grau de risco varia de alto (129 locais) a muito alto (55 locais).
Conforme a base de dados, 83 áreas estão sob risco de deslizamento, 75 de inundação, 15 de enchente, sete de erosão e duas de enxurrada. Há, ainda, uma casa de alvenaria ameaçada de colapso, em Bayeux, e risco de queda de blocos do Morro do Cruzeiro, em Alagoa Grande.
João Pessoa é o município com mais áreas críticas, 64 no total, sendo 31 classificadas com grau de risco muito alto. Conforme o estudo, 32.384 são afetadas pela iminência de deslizamentos, inundações e enxurrada. A capital paraibana aparece no 17º lugar do ranking nacional.
Bayeux aparece na segunda colocação, com 20 localidades mapeadas, sendo 16 com grau de risco muito alto. No município, 5.060 pessoas vivem em áreas ameaçadas de erosão, deslizamento e inundação.
Campina Grande e Mataraca, no Litoral Norte, dividem o 3º lugar na lista de municípios com mais áreas de risco, ambas com 11 locais. Na Rainha da Borborema, os pontos possuem risco alto de inundação, deslizamento ou enchente, cenário que afeta 2.156 moradores. Já em Mataraca 1.264 pessoas vivem em áreas ameaçadas de erosão, deslizamento e inundação, sete delas com grau de risco muito alto.
Os outros municípios mapeados pelo Serviço Geológico do Brasil são: Baía da Traição, Cabedelo, Caaporã, Lucena, Pitimbu, Rio Tinto, Santa Rita, Sapé, Guarabira, Areia, Sousa, Patos, Bananeiras, Solânea, Ingá, Mulungu, Alagoa Grande, Alagoinha, São João do Rio do Peixe, Coremas, Natuba, Araçagi, Pombal, São Bento, Arara, Pilões e Serra Redonda.
O mapa abaixo mostra os pontos ameaçados em João Pessoa, Bayeux, Campina Grande e Mataraca. Em amarelo, locais com risco alto de desastre; em laranja, áreas com risco muito alto de ocorrências.
Dados nacionais
Em todo o Brasil, 13.575 áreas são mapeadas pelo Serviço Geológico do Brasil. Mais de 3,9 milhões de pessoas vivem em localidades com risco de desastres naturais. Ouro Preto, em Minas Gerais, lidera o ranking, com 313 pontos críticos.
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