🎃 Já o rostinho esculpido na abóbora representa o Jack O’Lantern que, segundo uma lenda irlandesa, aprontava tanto que conseguia enganar até o diabo. Jack, então, morreu de tanto beber, mas nem o diabo o aceitou no inferno. Sem ter para onde ir, sobrou para Jack ser uma “alma penada”, vagando por aí assuntando pessoas no dia 31 de outubro.
A palavra Halloween vem de “All Hallows’ Eve” e significa algo como “véspera de todos os santos”. É que justamente no dia seguinte, 1º de novembro, a igreja católica celebra o Dia de Todos os Santos. Quem instituiu a data no século 8 foi o papa Gregório 3º.
E é a mesma data em que havia uma celebração celta chamada Samhain, que significa o fim do verão no hemisfério norte.
No dia seguinte, 2 de novembro, há mais uma data que tem importância para os católicos: o Dia de Finados que, no Brasil, é também feriado nacional. Não há uma explicação oficial, mas também não é o único feriado nacional católico instituído — apesar de o Estado ser laico, as normas do catolicismo ainda são presentes em repartições públicas. Neste dia, é comum as pessoas visitarem cemitérios e prestarem homenagem aos mortos.
Enquanto que por aqui e em outras partes do mundo, o Dia de Finados tem uma conotação de luto, em um país, em especifico, a data é celebrada com cores, fartura de comidas e muita festa: o México.
Comemoração pelo Día de Muertos na Embaixada do México em 2019 — Foto: Brenda Ortiz/ G1
💀 A comemoração do Día de los Muertos, reconhecida como patrimônio cultural e imaterial da humanidade pela Unesco, começa na noite de 31 de outubro e vai até 2 de novembro, sendo dividida em etapas. No dia 1º, celebra-se os que faleceram durante a infância, já no dia 2, a comemoração é voltada para os mais velhos.
Como prega a tradição popular, deve-se oferecer alimentos aos mortos. As oferendas costumam ser sal, frutas e água, entre outros manjares culinários. Se o morto for adulto, divide-se também o vinho.
Há, ainda, uma oferenda mais importante: o pão do morto, em geral doce e moldado de forma a lembrar ossos.
Outro ponto central da festa é o altar dos mortos, onde devem ser colocadas fotos dos falecidos a serem celebrados, além das oferendas.
Na festa, uma figura se destaca: La Catrina. Na cultura mexicana, trata-se do esqueleto de uma dama da alta sociedade que virou uma das figuras mais populares da festa do Dia dos Mortos.
O personagem é caracterizado como um esqueleto de mulher usando um chapéu, como distintivo da alta classe do início do século XX. O objetivo é lembrar que as diferenças sociais não significam nada diante da morte, como explicou reportagem do g1 em 2019, que visitou uma exposição na Embaixada do México em Brasília na época. O nome vem de “La calavera de La Catrina”, gravura do mexicano José Guadalupe Posada.
Comemoração pelo Día de Muertos na Embaixada do México em 2019 — Foto: Brenda Ortiz/ G1
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