Vídeos divulgados por agências de notícias internacionais mostram cenas do incêndio que matou ao menos 113 pessoas e deixou outras 150 feridas em um salão de festa onde acontecia um casamento, no distrito de Al-Hamdaniya, na província de Nínive, no Iraque, na noite dessa terça-feira (26/9).
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Saif al-Badr, porta-voz do Ministério da Saúde, afirmou que a maioria dos feridos sofreu de queimaduras e asfixia.
O Crescente Vermelho iraquiano informou que registrou mais de 450 vítimas, mas não deu detalhes sobre a quantidade de pessoas que morreram na tragédia.
Ainda não está claro o que causou o incêndio, mas os serviços de defesa civil do Iraque detectaram a presença de painéis pré-fabricados “altamente inflamáveis e em desacordo com as normas de segurança” na sala de festas onde ocorreu a tragédia.
“As informações preliminares indicam o uso de fogos de artifício durante um casamento, o que provocou um incêndio no salão”, afirma a nota.
Ainda segundo a nota, painéis inflamáveis no salão de festas podem ter ajudado a propagar as chamas, fazendo com que partes do teto caíssem. O perigo foi agravado pelas emissões de gases tóxicos vinculadas à combustão dos painéis.
Autoridades se pronunciaram
No X (antigo Twitter), o primeiro-ministro do Iraque, Mohamed Shia al-Sudani, ordenou às autoridades que “mobilizem todos os esforços para fornecer ajuda às pessoas afetadas pelo infeliz incidente.”
O Ministério da Saúde anunciou “o envio de caminhões de ajuda médica” de Bagdá e outras províncias do país, e garantiu que suas equipes em Nínive estavam dedicadas a “tratar os feridos”.
9 foram presos
O porta-voz do Ministério do Interior, general Saad Maan, informou que nove pessoas foram detidas e quatro ordens de prisão foram emitidas contra os donos do salão de festas.
O respeito às normas de segurança no Iraque é frágil, tanto no setor da construção quanto na área de transportes.
O país, com infraestruturas deterioradas após décadas de conflito, é regularmente palco de incêndios ou acidentes fatais.
Metrópoles
