O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). “assumiu tudo” e não fez acusações contra o ex-presidente durante depoimento à Polícia Federal (PF), segundo informou o advogado do militar, Cezar Bittencourt.
Em áudio enviado primeiramente ao G1 e obtido pelo Metrópoles, o representante jurídico de Cid afirmou que “estão colocando palavras que não tem [no depoimento do militar à PF]. Acusações ao Bolsonaro que não existe (sic)”.
“Se falou das joias, a compra das joias. O Cid assumiu tudo. Não colocou Bolsonaro em nada. Não tem nenhuma acusação em corrupção, envolvimento, suspeito de Bolsonaro”, prosseguiu o advogado.
Mauro Cid passou quase 10 horas na sede da PF, em Brasília, nessa quinta-feira (31/8). A oitiva mais recente ocorreu no âmbito do inquérito que investiga o caso das joias recebidas pelo ex-presidente Bolsonaro.
À revista Veja, na semana passada, o advogado disse que Cid confessaria a venda de joias recebidas por Bolsonaro, e que agiu apenas após ordens do ex-presidente, a quem chamou de “mandante”. Depois de confirmar a versão a outros jornalistas, Bitencourt recuou e disse que se referia apenas a um relógio Rolex, e que o tenente-coronel não iria “dedurar” o ex-chefe.
No áudio desta sexta, após o depoimento, Bittencourt defendeu que “não tem nenhuma suspeita” contra o ex-mandatário.
“O dinheiro que o Cid pegava pra pagar as contas do presidente então, ex-presidente, era os cinquenta mil que parece que era o que ele ganhava, e os vinte mil está aposentadoria. Era esse dinheiro que ele recebia. Dinheiro que ele ia pagando. Porque ele não gosta de cartão de crédito, não tem cartão de crédito. Mas não tem nada além disso”, frisou.
Metrópoles