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Hacker afirma que Bolsonaro pediu a ele que fraudasse urna para questionar sistema eleitoral

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) teria pedido ao hacker Walter Delgatti que fraudasse uma urna com o objetivo de pôr em dúvida o processo eleitoral para a população. A afirmação foi feita pelo hacker durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro nesta quinta-feira (17).

Delgatti afirmou que Bolsonaro queria que ele “autenticasse a lisura das eleições, das urnas”. O marqueteiro do ex-presidente Duda Lima teria, então, aconselhado ao hacker que criasse um “código-fonte falso” para mostrar a possibilidade de invadir uma urna e fraudar as eleições.

“A ideia era pegar uma urna emprestada da OAB, acredito. E pôr um aplicativo meu para mostrar à população que é possível apertar um voto e sair outro.”

A espécie de simulação serviria para pôr dúvida na população, já que, segundo Delgatti, invadir o código-fonte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é impossível por fora, porque o sistema é offline.

Delgatti não descartou a possibilidade de invasão real às urnas, mas esclareceu que, da forma como a eleição é feita hoje, a partir das checagens e lacres das urnas, essa possibilidade seria uma “fantasia”. Ele ressaltou acreditar na lisura das eleições.

R7 procurou a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Esta reportagem será atualizada assim que recebermos a manifestação dos advogados. Nas redes sociais, o advogado do ex-presidente negou a existência do grampo ou de “qualquer atividade ilegal”. “Mente e mente e mente”, completou.

R7

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