Suspeito de assassinar candidato presidencial no Equador é morto; seis pessoas são presas
Um homem suspeito de assassinar o candidato à Presidência do Equador, Fernando Villavicencio Valencia, foi morto após troca de tiros com agentes de segurança. A procuradoria geral informou que seis pessoas foram presas suspeitas de participar do crime.
O Ministério Público do país informou em redes sociais que o suspeito, “ferido durante uma troca de tiros com agentes de segurança, foi detido e levado em estado grave para a Unidade de Flagrantes em Quito”. “Uma ambulância do Corpo de Bombeiros confirmou a morte. A polícia procedeu com a remoção do corpo”, acrescentou.
Villavicencio recebeu três tiros na cabeça quando deixava um comício do partido de esquerda Movimento Construye na capital, Quito. Segundo familiares do político, ele ficou estendido no chão após ser baleado e foi imediatamente transferido para a Clínica de La Mujer, onde médicos confirmaram sua morte. O ataque ocorreu por volta das 18h20 (horário local; 20h20, em Brasília).
Em suas redes sociais, o atual presidente do Equador, Guillermo Lasso, confirmou que vai reunir seu gabinete de segurança para dar uma resposta rápida à população. “O crime organizado já percorreu um longo caminho, mas todo peso da lei vai cair sobre eles”, escreveu.
O Movimento Construye, que tinha Villavicencio como candidato à presidência, denunciou nas redes sociais que homens armados haviam atacado seus escritórios de campanha em Quito poucas horas depois do atentado contra o político. Como resultado desse atentado, outras nove pessoas que estavam no comício também ficaram feridas e foram levadas a um hospital, incluindo um candidato a deputado e dois policiais.
Villavicencio era um dos oito candidatos presidenciais registrados para essas eleições gerais extraordinárias. Chocados com o crime, vários deles já anunciaram que suspenderam suas campanhas e pediram um pacto contra a insegurança. De acordo com o governo, o aumento da crise de insegurança está associado principalmente ao crime organizado e ao tráfico de drogas, que ganhou força no litoral e transformou os portos equatorianos em importantes polos de envio de cocaína para Europa e América do Norte.
R7