Alckmin anuncia injeção de R$ 106 bilhões no setor industrial nos próximos quatro anos
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin anunciou nesta quinta-feira (6) a injeção de R$ 106,16 bilhões nos próximos quatro anos para o setor industrial, em uma tentativa de estimular o desenvolvimento em áreas consideradas estratégicas para o país. A informação foi dada após a 17ª Reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O colegiado é responsável pela elaboração da nova política industrial brasileira e retomou seus trabalhos após sete anos inativo. A maior parte dos recursos vêm de linhas de crédito ou financiamento e também há fundos de apoio à inovação. A quantia que será repassada ainda neste ano é: BNDES (R$ 16,3 bilhões), Finep (R$ 6,5 bilhões e R$ 4,02 bilhões não reembolsáveis) e Embrapii (R$ 900 milhões não reembolsáveis).
Ao longo dos próximos meses, o colegiado vai se debruçar sobre missões derivadas de problemas sociais e de desenvolvimento do país, como segurança alimentar e nutricional, ampliação do acesso à saúde, infraestrutura, moradia, mobilidade e saneamento sustentável, empresas competitivas, ampliação de cadeias associadas à transição energética e bioeconomica. Os membros do grupo foram divididos em grupos de trabalho.
Fazem parte do CNDI 20 ministros, além do presidente do BNDES e 21 conselheiros representantes da sociedade civil e do setor produtivo. O colegiado é vinculado à Presidência da República e presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Pelo governo, são os seguintes órgãos: MDIC, que o preside; Casa Civil, Secretaria Geral da Presidência, Ciência, Tecnologia e Inovação, Fazenda, Relações Exteriores, Planejamento e Orçamento, Integração e Desenvolvimento Regional, Meio Ambiente e Mudança do Clima, Minas e Energia, Agricultura e Pecuária, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Trabalho e Emprego, Transportes, Saúde, MEC, Defesa, Portos e Aeroportos, Comunicações, Gestão e Inovação em Serviços Públicos, além do BNDES.
Alckmin voltou a criticar a taxa de juros, atualmente em 13,75%. “Só falta os juros caírem. O novo arcabouço fiscal vai ajudar, e o que precisamos é ter a redução da taxa Selic para ter o crescimento no país”, disse o vice-presidente.
Alckmin avaliou como muito positiva a expectativa em torno da aprovação da reforma tributária – a Câmara dos Deputados começou a análise do texto na última quarta-feira (5) e a previsão é de que ocorra a votação nesta quinta-feira (6).
“Eu sempre defendi que tivéssemos urgência. Reforma estruturante e que depende de PEC deve ser votada no primeiro ano. São reformas macroeconômicas, a reforma tributária e o novo regime fiscal.”
R7