O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump apresentou uma denúncia por difamação contra a escritora e jornalista E. Jean Carroll, que o acusou de abusos sexuais e venceu um processo por difamação contra o magnata.
Segundo a ação, apresentada na noite de terça-feira, os advogados de Trump argumentam que Carroll difamou o ex-presidente durante uma entrevista concedida em maio à emissora de televisão CNN, na manhã seguinte à que um tribunal o condenou a indenizá-la em 5 milhões de dólares.
Carroll foi questionada sobre o veredito, que sustenta que Trump abusou dela sexualmente, mas não a estuprou, como ela alega. A jornalista respondeu, então, que sim, que ele a violentou.
A denúncia acontece depois que, em 13 de junho deste ano, um juiz de Nova York autorizou a escritora a exigir de Trump uma indenização maior por danos, devido a piadas que ele fez na televisão em maio, depois de perder o julgamento por difamação contra ela.
O juiz federal Lewis Kaplan, que presidiu o julgamento, deu então sinal verde para que esses comentários recentes sejam incluídos em outra ação por difamação, separada e prévia, em que Carroll exige 10 milhões de dólares de Trump.
Em 9 de maio, após um julgamento pela via civil, um júri condenou o ex-presidente a pagar uma indenização de 5 milhões de dólares à escritora, por ter abusado sexualmente dela anos atrás e por tê-la difamado quando denunciou publicamente o crime.
No dia seguinte, em um encontro com telespectadores organizado pela CNN, Trump discordou do veredito em que foi considerado culpado, disse não conhecer Carroll, garantiu que a história dela era falsa e a chamou de “louca”, em meio a gargalhadas e aplausos do público formado, principalmente, por simpatizantes do ex-presidente.
Diante dessa situação, em 22 de maio, a advogada de Carroll, Roberta Kaplan, fez um pedido ao tribunal para modificar um processo encerrado em 2019 contra Trump, diferente do julgamento que havia vencido, com o objetivo de incluir os comentários.
R7