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João Lacerda dá continuidade ao legado de Genival com novos projetos

Inspirado pelo pai, o cantor Genival Lacerda (1931-2021), o forrozeiro João Lacerda segue agora em carreira solo e lança disco com diversas participações. Com 12 músicas, o novo álbum reúne 11 convidados, dentre eles, Targino Gondim, Luiz Caldas, Adelmario Coelho e Sandro Becker. “Eu iniciei esse projeto em Barra do Choça, no Sudoeste da Bahia. Inicialmente, teríamos seis músicas, mas já estamos pensando no segundo volume do projeto João Lacerda canta Genival”.

 

Ao ForroCast, ele lembrou que a sua carreira começou oficialmente em 1990, com 11 anos de idade, quando foi chamado pelo pai para cantar para um público de 50 mil pessoas. “Eu tremi, mas cantei e não parei até hoje”. O figurino lembra o de Genival Lacerda, com alpercatas de couro, produzidas no Agreste Pernambucano, e camisas que abusam do colorido. “Ele não usava sapato, nem em casamento (risos)”.

 

Com shows confirmados em Caruaru, em Pernambuco, em municípios do Estado de Sergipe, além de Paulo Afonso e Guanambi, em território baiano, João Lacerda planeja cantar no Pelourinho. Em 2023, ele aposta no hit “Anel do Ênio”, uma canção cheia de irreverência, bem ao estilo do seu pai. “Eu rodei em 16 cidades baianas para divulgar esse trabalho”, contou.

 

Na Bahia, ele considera inesquecíveis, os shows que fez em Mucugê, na Chapada Diamantina e em Vitória da Conquista, no Sudoeste, mostrando que tem afinidade com destinos que fazem frio.

 

Apesar da tragédia familiar, com a perda de Genival, no início de 2021, João não parou de trabalhar durante a pandemia. Ele lançou o clipe “São João tá diferente” e gravou músicas com diversos artistas, em especial o cantor e compositor pernambucano, Flávio Leandro.

 

Sobre as centenas de músicas lançadas pelo pai, João Lacerda destaca a “Severina Xique-Xique”. “Foi a música que ele conseguiu comprar a primeira casa e o primeiro carro e meu pai soube acompanhar essa transição do LP para o CD e depois para os formatos digitais”, disse.

 

Tristeza e alegria – Ele classifica o atual momento do forró, com vertentes como o piseiro, como maravilhoso, mas se queixa dos falsos amigos. “Quando meu pai estava vivo, muita gente, como cantores, jornalistas e radialistas vinham com tapinha nas costas, pedindo participação da gente nos projetos, mas hoje a gente sabe quem são os verdadeiros amigos”, disse.

 

“Eu e meu pai moramos juntos por 18 anos. A saudade é enorme, mas temos que seguir em frente, com muita humildade e pedindo ajuda aos verdadeiros amigos”, completou.

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