Para José Aderaldo, não haveria um lugar mais adequado para preservar a memória de Augusto dos Anjos do que o casarão de sua família, lugar onde ele viveu e que foi retratado em tantos momentos de sua obra.
“Sem sombra de dúvidas não haveria um local mais adequado para ser transformado em um memorial do poeta Augusto dos Anjos do que a casa onde viveu a sua ama de leite. Além disso a casa é o único imóvel, o único bem material que existe na região da família dele”, explica Aderaldo.
Ainda de acordo com o responsável pelo memorial, ao transformar o casarão em memorial, a Paraíba e o Brasil ganham um equipamento cultural rico para a preservação da literatura brasileira como um todo.
“O memorial assume essa posição de equipamento cultural de um dos mais importantes escritores. Além de ter o papel de preservar a história da vida e obra do poeta, o memorial também tem o papel de disseminar, replicar essa história tão singular, coberta de tanto êxito, mistérios e cultura”, afirma.
Terceira edição da obra “Eu” , de 1928 — Foto: Beatriz Freire/TV Cabo Branco
O Memorial Augusto dos Anjos é aberto a visitação gratuita, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. O lugar também possui venda de peças em artesanato como fonte de renda para sua manutenção.
“Temos muito orgulho do nosso memorial. É um espaço que respira e inspira poesia. Um lugar fundamental para a preservação da obra e da história de vida de Augusto dos Anjos”, finaliza o diretor.